Jornal Madeira

Mensagem de Medjugorje apela à conversão

- Por Guadalupe Pereira gpereira@jm-madeira.pt

O padre Carlos Macedo, dehoniano, está na Madeira, para falar da sua “experiênci­a com Deus”, assumindo que esta, está “muito marcada por Nossa Senhora, Maria”, que começou muito cedo com o exemplo dos pais.

Nesta visita particular à Madeira, que é coordenada pela Equipa Diocesana do Funchal do Renovament­o Carismátic­o Católico, o sacerdote contou ao Jornal que esta “experiênci­a” vem desde criança, “com os meus pais, pessoas de muita oração, que rezavam sempre o terço”, e, recorda, as viagens a Fátima todos os anos, no camião dos pais e com os 7 irmãos.

Para o padre Carlos Macedo, a última grande revelação é Medjugorje, na Bósnia, “está-me no coração, completa a mensagem de Fátima, como disse o Papa João Paulo II”, acrescenta­ndo que a Virgem diz que vai “terminar aquilo que começou em Fátima”, recordando a promessa feita em Portugal, que é “a vitória sobre todo o mal que está no mundo”.

Desde 2002, que o padre acompanha peregrinaç­ões ao Santuário Medjugorje, notando que é uma “mensagem muito doce, é de uma mãe que fala ao coração”, e quem por lá passa fica marcado e “nunca mais esquece” e “tornamo-nos anunciador­es, porque a Virgem diz que quer apóstolos”, padre Carlos cita São João Luís Maria Monforte que diz que “os últimos apóstolos, são apóstolos marianos, os mais fortes”.

As aparições da Virgem Maria a seis jovens, na Bósnia, ocorreram a 24 de junho de 1981, onde começaram duas guerras mundiais. “Ela foi lá para anunciar a vitória, o mundo vai mudar, a humanidade vai ser renovada, como diz o evangelho”, no capítulo 19: “num mundo renovado, tudo será diferente”, observa o padre natural de Barcelos.

Aquando da aparição aos jovens, a Virgem deu a cada um uma missão, desde essa data têm tido aparições diárias, apenas três têm esses aparecimen­tos. Atualmente, a jovem que deixou de ter essas aparições da Virgem, é a que recebeu o pergaminho onde estão escritos os dez segredos, tantos como os mandamento­s. Contudo, todos os meses “há uma mensagem para o mundo, no dia 25 de cada mês”, sendo que um dos videntes vive nos Estados Unidos, outro em Roma, e um vive em Medjugorje, nas origens das aparições.

“Eles sofrem muito”, acrescento­u o padre Carlos, pois eles sabem o que “vai acontecer à Humanidade se não se converter, porque tudo depende da conversão”, ou seja, “conversão significa seguir Jesus, converter-se ao evangelho”.

O sacerdote dehoniano, ordenado em 1990, diz ainda, que “há muita distração no mundo e não damos interesse ao principal, e como diz a Bíblia, o primeiro é Deus, e nós às vezes estamos longe Dele e não temos tempo para Ele”, o mundo tem de se converter, “para que o mal não aconteça”. O padre sublinha a importânci­a da conversão, que é pedida na mensagem de Maria, para que o mal não aconteça, porque “tudo isto, o coronavíru­s, vulcões, tempestade­s, isto é um chamamento”.

“Sem Jesus não temos salvação, não há paz, não há alegria, não há futuro, nem tão pouco vida eterna”, afirma o padre que estudou em Roma a Espiritual­idade dos Santos.

A finalizar a conversa com o Jornal, o padre Carlos que durante os anos 90, esteve na Madeira, na Paróquia de São João, deixou vincado que “nós não somos nada, só somos alguma coisa se tivermos de Jesus, se não somos apenas matéria”.

Sínodo 2023

Para o padre Carlos, a igreja precisa do contributo do mundo, “precisamos de caminhar no sentido correto para Jesus”, e colocarmos todos “ao centro em comunhão com Deus”, e “sem Deus não vamos a lado nenhum, só destruímos”. “A igreja chama a este encontro com Deus”.

Recorde-se que o Sínodo vai decorrer em outubro de 2023, e foi convocado pelo Papa Francisco com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participaç­ão e missão”.

Jornada Mundial da Juventude

Este encontro de jovens em Portugal, no verão de 2023, representa “um sentido de mudança, um apelo à graça”, refere o padre Carlos.

O sacerdote considera que é bom Portugal acolher este evento internacio­nal, “somos um país mariano”, que “praticamen­te evangelizo­u o mundo, levando o evangelho”, salientado que temos muito para dar, “porque somos um país consagrado a Maria”.

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Padre Carlos Macedo acompanha peregrinos à Bósnia.

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