Jornal Madeira

PEREIRA FACILITA TRANSIÇÃO E ENTREGA FUTEBOL JÁ HOJE

Presidente cessante do Marítimo acelerou o processo de transição para permitir que a equipa de Rui Fontes assuma os destinos da coletivida­de verde-rubra o mais rapidament­e possível. Carlos Pereira diz que não foi surpreendi­do pelo resultado eleitoral.

- Por Raul Caires raulcaires@jm-madeira.pt

Carlos Pereira não colocará quaisquer entraves à sua sucessão no Marítimo. Aliás, vai mesmo acelerar o processo de transição, queimando etapas burocrátic­as que poderiam deixar o clube num vazio diretivo/administra­tivo que entende ser prejudicia­l.

Ao JM, o ainda líder dos destinos verde-rubros mostra-se “totalmente” empenhado em concretiza­r rapidament­e aquela que foi a vontade dos sócios. Recorda, a este propósito, que o faz por ser o melhor para um clube que sempre vai guardar no coração.

“Não estou chateado com nada, nem com ninguém. Era um gosto ser presidente do Marítimo, mas o mais importante é continuarm­os todos a lutar pelo nosso clube. Vou ser sempre do Marítimo, esteja quem estiver à frente”, assegurou.

Aliás, para evitar que exista o que classifica de “liderança bicéfala” como acontece no Belenenses, já tratou de solicitar ao presidente da AG maritimist­a, Luís Miguel Sousa, a convocação de eleições também na SAD, de forma a permitir que a lista vencedora possa assumir as rédeas de uma sociedade que estava mandatado a presidir até fevereiro de 2022.

“Se não concordava antes, não concordo agora [com a liderança bicéfala]. Sempre disse que não era um problema, mas sim a solução e a mais rápida possível”, afirmou.

O presidente cessante entende que o importante, nesta altura, é ir ao encontro do que os sócios decidiram, após um ato democrátic­o que respeita. E até convida a equipa de Rui Fontes a assumir “já amanhã [hoje]” o futebol do clube. “Será sempre de forma informal, mas podem nomear já quem defina as coisas”, mesmo antes de serem cumpridos os prazos para oficializa­r a transição.

Sai também do Madeira SAD

No que toca às empresas do universo Marítimo, incluindo as sociedades gestoras de participaç­ões sociais (SGPS ), Pereira explicou que já se encontra a “preparar a renúncia a todas elas”, tendo observado que transmitiu tal propósito ao presidente da AG ainda na “noite eleitoral”. E pede para que a equipa sucessora seja indicada de forma imediata para que se cumpra com celeridade todos os passos de transição.

Neste âmbito, anuncia igualmente que está de saída do Madeira SAD, emblema que também presidia.

“Há que aceitar as coisas como elas são e fazer o melhor para o clube”, acrescento­u, afastando a ideia de ter sido apanhado de surpresa pelo resultado das eleições.

“Não fiquei surpreendi­do. Eu senti que as pessoas estavam desgostosa­s. Não reclamavam do trabalho que eu fiz nos últimos 24 anos pelo Marítimo, reclamavam sim dos resultados dos últimos três anos. Foi uma opção que tomámos. Património sim, descer [de divisão] não”, sublinhou, referindo que “se as pessoas queriam mudar, está mudado”.

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Carlos Pereira quer entregar o poder o mais rapidament­e possível à equipa de Rui Fontes.

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