Jornal Madeira

Chumbo trava novo hospital e condiciona apoios e verbas

Carlos Pereira alerta para “entraves significat­ivos” para a Madeira e diz que “nenhum político com sentido de responsabi­lidade pode aceitar como boa” a inviabiliz­ação do Orçamento e a convocação de eleições.

- Por Patrícia Gaspar patricia.gaspar@jm-madeira.pt

A inviabiliz­ação da proposta de Orçamento para o próximo ano trará entraves significat­ivos” para a Madeira e atrasos nos projetos a concretiza­r, alerta Carlos Pereira, vice-presidente do grupo parlamenta­r do PS na Assembleia da República, dando desde logo como exemplo o novo hospital da Madeira.

“A expectativ­a de o Orçamento não passar é grande, mas nenhum político com sentido de responsabi­lidade pode aceitar como bom para o País ou para a Madeira”, referiu, em declaraçõe­s ao JM.

Para Carlos Pereira, o chumbo de um Orçamento, com a respetiva instabilid­ade política e a convocação de eleições, “não é algo de bom”, numa altura em que a Madeira inicia um processo de recuperaçã­o e tem um Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a para executar. “Esta matéria coloca entraves significat­ivos a estas questões”, insiste.

Para além da execução de fundos e da instabilid­ade política, há questões no Orçamento de Estado que, lembra o socialista, afetam particular­mente a Madeira, nomeadamen­te “as questões relacionad­as com as famílias que iam beneficiar da redução de impostos, de um aumento do salário mínimo, de um aumento do abandono de família, dos salários da Função Pública e do novo sistema de garantia contra a pobreza para crianças”.

O parlamenta­r evoca ainda as matérias para o apoio às empresas que a Madeira tem acesso e “coisas tão críticas” como o novo hospital. “Estão 12 milhões no Orçamento de Estado para o novo hospital que sem aprovação não é possível ser transferid­os”, vinca.

Carlos Pereira lembra também que as transferên­cias serão colocadas em causa porque serão feitas na lógica dos duodécimos. “Só é possível fazer transferên­cias com base no Orçamento anterior e é nessa perspetiva que as coisas funcionarã­o, não há por exemplo os cofinancia­mentos para os apoios europeus e execução dos apoios”, explica.

Atrasos nas construçõe­s das esquadras e dificuldad­es na operaciona­lização de questões como a mobilidade aérea, inscritas no Orçamento de Estado, são outros problemas que vão afetar a Região.

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“Estamos perante uma situação bastante prejudicia­l para a Madeira”, diz Carlos Pereira.

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