Envelhecimento da população exige resposta integrada
Perante os desafios colocados pelo aumento significativo do número de idosos na Madeira, a recém-criada Direção Regional para as Políticas Públicas Integradas e Longevidade (DRPPIL), sob a tutela da Secretaria Regional da Inclusão Social e Cidadania, não tem dúvidas de que será necessária uma resposta de A a Z, que terá de passar não só pelo setor da saúde, mas também pelo económico, social, da educação, do ensino superior, da ciência e investigação e da tecnologia.
Isso mesmo reiterou ao JM Ana Clara Silva, responsável por esta direção, que sublinha que, de facto, esta alteração demográfica “não pode ser encarada como um problema exclusivo do setor social e solidário”, vincando que as crescentes situações de fragilidade, vulnerabilidade e carência desta faixa etária obrigam o Governo Regional a pensar em políticas integradas transversais.
Nesta ‘empreitada’, a diretora regional lembra que as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, que contempla nomeadamente a expansão, alargamento e melhoria da REDE (Rede de Cuidados Continuados Integrados), que se traduzirá num investimento no número de lugares em estruturas residenciais, serão um passo importante, já que ajudarão a preencher algumas das lacunas agora sentidas.
A dar um sinal de esperança estão também os vários programas eleitorais apresentados no novo ciclo autárquico, uma vez que muitos comprometem-se a apostar fortemente na longevidade e na criação do Espaço para o Cidadão Idoso, como é caso do Funchal. Para a responsável, esta atenção dos municípios será “uma alavanca importante para serem encontradas soluções, estruturais e organizacionais com ganhos na qualidade de vida dos cidadãos em particular dos cidadão mais velhos”.
Ainda assim, e embora reconheça as adversidades que um arquipélago madeirense mais envelhecido enfrenta, a diretora regional defende que a Região oferece “condições naturais ideais para envelhecer”, nomeadamente graças ao seu clima, à beleza natural e à hospitalidade que carateriza a Região, condições essas que considera serem ainda facilitadoras do desenvolvimento de experiências-piloto na área da longevidade, cujos os resultados podem ser escalados para nível nacional e internacional.
Além do mais, garante, “tem um enorme potencial de criar e manter um consórcio para a longevidade”, com a participação de diversas entidades governamentais, sociais e empresariais, o que “permitirá conceber e produzir as respostas adequadas a uma longevidade positiva, vida longa e com qualidade”.