Favorecer ARM?
Por outro lado, o autarca voltou a criticar os termos do aviso lançado para aproveitamento de fundos comunitários para as perdas de água, que “foi feito para a ARM”, porque apenas o Funchal e a empresa pública ficaram elegíveis para receber cinco milhões de euros de ajudas, enquanto Santa Cruz apenas foi contemplada com mais de um milhão de euros e outros municípios foram “buscar qualquer coisa”.
“Criam-se regras e avisos ‘ad hoc’ para favorecer este negócio que foi implementado, que é a ARM. Criam-se empresas públicas para retirar competências que são próprias dos municípios, e com graves consequências para o erário público, porque o preço por metro cúbico em Machico, por exemplo, nada tem a ver com o preço que nós praticamos. É muito superior”, comentou. “O que se está a ver é uma vergonha”, sentenciou. com a armazenagem e a distribuição até ao consumidor final.
Ora, apesar de os moradores de Santa Cruz estarem a ser abastecidos de água através do serviço do município, há essa exceção para os imóveis que estão no aeroporto.
“A ARM conseguiu meter as mãozinhas aqui porque o PSD deixou, na altura. Foi uma forma de meter um pezinho e depois de tentar meter os dois pés, para fazer a gestão da água em baixa”, criticou Filipe Sousa, sublinhando que sempre se opôs a essa decisão que agora quer eliminar.
Para o efeito, na segunda-feira, o autarca santa-cruzense reuniu-se em Lisboa com a sociedade de advogados que assessora juridicamente a Câmara para preparar uma resposta.
A convicção do edil é que “dentro de pouco tempo” seja Santa Cruz a fornecer água ao aeroporto, “quer queiram ou não”.
“Espero que durante o primeiro semestre deste ano essa luta seja ganha a favor do povo de Santa Cruz”, acrescentou.
Quanto ao processo judicial, disse que será um “processo simples e rápido”, e com “consequências imediatas”.