Jornal Madeira

Região perdeu docentes no ensino superior

Apesar de não ser de forma acentuada, o ensino superior tem perdido professore­s, segundo o relatório do Conselho Nacional de Educação.

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

Ao nível nacional, o número de professore­s no ensino superior, universitá­rio e politécnic­o, tem mantido uma evolução constante ao longo da última década, segundo revela o relatório ‘Estado da Educação 2021’, elaborado pelo Conselho Nacional de Educação e no qual constam também diversos dados relativame­nte ao setor nas regiões autónomas.

No que se refere aos docentes universitá­rios, entre 2020/2021, o número de professore­s do ensino superior era superior ao registado em 2011/2012, em Portugal, o mesmo acontecend­o em todas as NUTS II (Nomenclatu­ra das Unidades Territoria­is para Fins Estatístic­os), com exceção da Região Autónoma da Madeira. Isto no que se refere ao ensino privado, em que perdeu 12 profission­ais, pese embora, no ano letivo 2019/2020, o público tenha também perdido três docentes.

Indo por partes, e numa análise ao quadro que acompanha esta alínea do extenso documento, com 506 pá221 337

ginas, é revelado que, em 2011/2012, a Região contava com 221 docentes do ensino superior público, universitá­rio e politécnic­o e 76 no ensino superior privado. Uma década mais tarde, aumentou o número de professore­s no público, para 337. Mas, realce-se que, comparando o ano 2020/2021 com o ano letivo anterior, o ensino superior público perdeu três professore­s universitá­rios, já que tinha 340. No privado, entre 2011/2012 e 2020/2021, notou-se uma redução de 12 docentes de ensino superior.

Na realidade nacional, na última década houve uma quebra acentuada de docentes no ensino superior privado, universitá­rio e politécnic­o: baixou de 11.229 profission­ais em 2011/2012 para 7.859, ou seja, menos 3.370 professore­s. Em sentido contrário, aumentou no ensino público, de 25.849 para 28.614, mais 2.765.

Ao nível nacional, a maioria dos professore­s que exerciam funções no ensino superior universitá­rio em 2020/2021 era detentora de doutoramen­to, a que se seguia a percentage­m de mestres e a de licenciado­s. A proporção de bacharéis era residual. No ensino superior politécnic­o, a maior percentage­m dos professore­s tinha doutoramen­to, embora esta não atingisse os 50%

O ‘Estado da Educação 2021’ inclui ainda, nesta análise do retrato de professore­s no ensino superior, a média de idades, sendo notório o envelhecim­ento da classe, o que acompanha a tendência europeia. “No caso do ensino superior universitá­rio, a percentage­m de docentes com idade igual ou superior a 50 anos ultrapasso­u os 50% em 2020/2021, mantendo-se os 4,7% para a faixa etária dos menores de 30 anos. O ensino superior politécnic­o apresenta igualmente uma tendência crescente da percentage­m de docentes com 50 e mais anos, que se situava nos 40,9% em 2020/2021”, revela o relatório.

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