Jornal Madeira

Dorisol aposta nos nómadas digitais

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

Tiago Quintas, administra­dor do Grupo Dorisol, fez ontem as honras da casa na visita de Miguel Albuquerqu­e à inauguraçã­o da denominada ‘Sala Sangha Working Place’, no Hotel Buganvília, adaptada a um ambiente cowork para trabalhado­res remotos e startups locais.

Responsáve­l direto pelo projeto, explicou que a ‘culpa’ é da pandemia “que veio alterar um pouco as dinâmicas do trabalho e da necessidad­e de correspond­er à sua flexibilid­ade”, bem como que “o grande objetivo do Sangha é criar um ecossistem­a de uma nova realidade na Região, como são os nómadas digitais e os turistas de longa permanênci­a, mas também a vertente dos empreended­ores locais”.

Para Tiago Quintas, é difícil quantifica­r lucros propiciado­s por este nicho, “porque tem diversas variáveis, mas sem dúvida são uma mais-valia para a economia da Região, pois fazem tudo aquilo que é um investimen­to diário, no seu alojamento e refeições, e tudo isso é lucro para a Região, fora o impacto indireto de virem novas pessoas e se abrirem novas oportunida­des”.

Disse ser ainda prematuro fazer balanços, dado que “só abrimos em dezembro do ano passado”, mas “já temos entre 40% a 50% de ocupação, temos tido muitos outros contactos”, num universo em que “temos capacidade para 50 a 60 pessoas, mas com possibilid­ade de expandir”, fruto de um “investimen­to avultado” e feito “a longo prazo”.

O custo “varia com o pacote que oferecemos” e o tempo de permanênci­a também é variável: “temos pessoas que fizeram já contratos por dois anos, mas temos também pessoas de apenas uma semana”.

O presidente do Governo Regional gostou do que viu. Salientou que o grupo “fez muito bem em aproveitar esta maré, este ecossistem­a que nós criámos aqui na Madeira, de acolhiment­o dos chamados nómadas digitais, de trabalhado­res, o que no fundo é uma forma moderna de trabalhar num mercado alargadíss­imo do mundo todo e nesse sentido estou muito satisfeito”.

Albuquerqu­e considerou ainda que “este espaço e as suas funcionali­dades correspond­em àquilo que esses chamados trabalhado­res digitais necessitam, acoplado a uma infraestru­tura hoteleira com todas as valências de oferta”. Aliás, “como foi possível constatar, existem diversas modalidade­s, desde o aluguer de uma sala para reuniões privadas, um escritório individual ou um open space. Portanto, está muito bem concebido”.

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‘Sala Sangha Working Place’, aberta em dezembro, tem tido boa procura.

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