Dorisol aposta nos nómadas digitais
Tiago Quintas, administrador do Grupo Dorisol, fez ontem as honras da casa na visita de Miguel Albuquerque à inauguração da denominada ‘Sala Sangha Working Place’, no Hotel Buganvília, adaptada a um ambiente cowork para trabalhadores remotos e startups locais.
Responsável direto pelo projeto, explicou que a ‘culpa’ é da pandemia “que veio alterar um pouco as dinâmicas do trabalho e da necessidade de corresponder à sua flexibilidade”, bem como que “o grande objetivo do Sangha é criar um ecossistema de uma nova realidade na Região, como são os nómadas digitais e os turistas de longa permanência, mas também a vertente dos empreendedores locais”.
Para Tiago Quintas, é difícil quantificar lucros propiciados por este nicho, “porque tem diversas variáveis, mas sem dúvida são uma mais-valia para a economia da Região, pois fazem tudo aquilo que é um investimento diário, no seu alojamento e refeições, e tudo isso é lucro para a Região, fora o impacto indireto de virem novas pessoas e se abrirem novas oportunidades”.
Disse ser ainda prematuro fazer balanços, dado que “só abrimos em dezembro do ano passado”, mas “já temos entre 40% a 50% de ocupação, temos tido muitos outros contactos”, num universo em que “temos capacidade para 50 a 60 pessoas, mas com possibilidade de expandir”, fruto de um “investimento avultado” e feito “a longo prazo”.
O custo “varia com o pacote que oferecemos” e o tempo de permanência também é variável: “temos pessoas que fizeram já contratos por dois anos, mas temos também pessoas de apenas uma semana”.
O presidente do Governo Regional gostou do que viu. Salientou que o grupo “fez muito bem em aproveitar esta maré, este ecossistema que nós criámos aqui na Madeira, de acolhimento dos chamados nómadas digitais, de trabalhadores, o que no fundo é uma forma moderna de trabalhar num mercado alargadíssimo do mundo todo e nesse sentido estou muito satisfeito”.
Albuquerque considerou ainda que “este espaço e as suas funcionalidades correspondem àquilo que esses chamados trabalhadores digitais necessitam, acoplado a uma infraestrutura hoteleira com todas as valências de oferta”. Aliás, “como foi possível constatar, existem diversas modalidades, desde o aluguer de uma sala para reuniões privadas, um escritório individual ou um open space. Portanto, está muito bem concebido”.