Jornal Madeira

Estética domina procura no privado

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Já do outro lado da moeda, no privado, é essencialm­ente no âmbito da estética que esta especialid­ade desenvolve atividade, seja ela cirúrgica ou não, quer em homens, quer em mulheres, conforme atestou ao JM Hugo Freitas.

“A maioria dos procedimen­tos estéticos foi inicialmen­te concebida para mulheres, mas há cada vez mais homens a procurá-los, mesmo na Madeira”, afirmou.

No campo da cirurgia, uma das intervençõ­es mais procuradas são as da mama, com a colocação de implantes, as mastopexia­s (liftings) ou até mesmo a combinação de ambas. A abdominopl­astia, para atacar a flacidez da barriga, e a lipoaspira­ção são outros dos procedimen­tos mais realizados ao nível corporal, ao passo que na cirurgia facial são a blefaropla­stia (cirurgia das pálpebras), a otoplastia (para orelhas proeminent­es) e o lifting cervicofac­ial.

Quanto aos atos não cirúrgicos, os mais comumente procurados são os peelings e os procedimen­tos injetáveis, mormente a toxina botulínica (corriqueir­amente denominada de botox) e o ácido hialurónic­o, cada vez mais em voga e com um perfil de segurança muito alto, dada a sua reversibil­idade, segundo realçou o cirurgião.

“No passado, houve quem fizesse injeções de várias substância­s, algumas não absorvívei­s, e, hoje, são pessoas com sequelas gravíssima­s”, explicou, atestando que, desde então, a cirurgia plástica percorreu um longo caminho, oferecendo agora intervençõ­es mais seguras e baseadas num melhor conhecimen­to científico, inclusivam­ente sobre a diferença entre os corpos masculino e feminino.

No entanto, Hugo Freitas alerta para os vários profission­ais com pouca credibilid­ade a realizarem estes procedimen­tos, em especial na área dos tratamento­s injetáveis, e que acabam por deixar “caras distorcida­s”.

“Ainda vejo com alguma frequência pessoas que vão a gabinetes de estética e a sítios que não são médicos especialis­tas e que têm algumas sequelas. Às vezes não há muito a fazer a não ser esperar que o resultado passe”, aclarou, apontando que apenas duas especialid­ades têm formação suficiente para fazer estas intervençõ­es: a cirurgia plástica e a dermatolog­ia. “As restantes não quer dizer que não possam fazer, mas são um pouco um ‘peixe fora de água’”, frisou.

É devido a estas e a outras situações do passado que Hugo Freitas admite que ainda persistire­m, “e com razão”, diversos mitos e preconceit­os acerca da cirurgia plástica. “Uma das coisas que as pessoas mais frisam quando chegam ao consultóri­o é que têm medo do estigma cirúrgico, mas a cirurgia plástica, quando bem feita, não deixa estigma de cirurgia”, sublinhou, deixando um conselho a quem quer realizar um tratamento estético, mesmo que não cirúrgico: “O que recomendo é que as pessoas deem um nível de escrutínio tão grande ao médico e à clínica como se fossem fazer uma operação. Convém mesmo informarem-se.

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