Jornal Madeira

Escola de Hotelaria volta à gestão pública a 1 de setembro

O próximo ano letivo irá arrancar já sob uma gestão exclusivam­ente pública, garante Jorge Carvalho.

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

A Escola Profission­al de Hotelaria e Turismo da Madeira, criada em 1997 pelo Governo Regional com o propósito de disponibil­izar formação nas áreas de hotelaria e turismo, vai voltar à esfera exclusivam­ente pública no próximo ano letivo.

A certeza foi deixada ontem ao JM por Jorge Carvalho, garantindo, ainda, que se manterá fiel aos seus princípios, não voltará a ser concession­ada, pelo menos a curto prazo, e não sofrerá qualquer desvio de conteúdos ou objetivos.

“A partir de 1 de setembro será uma gestão 100% pública, ou seja, a partir do próximo ano letivo”, consoante palavras do secretário regional que tutela este setor, acrescenta­ndo que sim, que “de momento a capítulos para integrar conteúdos regionais”, com é o caso, explicou.

O secretário regional da Educação lembrou que “a Madeira passou por muitos ciclos ao longo da sua história e houve um tempo em que dependíamo­s exclusivam­ente do transporte, marítimo ou aéreo”. Todavia, “o futuro é exportar conhecimen­to, em que o físico deixa de ser determinan­te, deixa de ser a base de sustentaçã­o dessa economia”.

Constatand­o que os atuais “alunos nasceram já com esta via”, disse que “é preciso que saibam que nem sempre foi assim, que saibam de onde viemos e para onde vamos, que saibam quais as nossas raízes”.

Já David Leça, coordenado­r do projeto de ‘História Regional’ junto com José Mascarenha­s explicou que “nos manuais escolares nacionais, e percebemos isso, não há espaço para tudo nem para o pormenor e toda a especifici­dade da história regional, e tentamos aqui promover alguma autonomia para os professore­s, compensar um bocadinho essa suposta lacuna que existe nos nossos programas, e introduzir os nossos conteúdos”. Aliás, partilhou, “fazemos na história, mas sabemos que há outros colegas que também o fazem na geografia, na língua portuguesa e por aí além…”.

Mais, “no nosso projeto de ‘História da Madeira também temos atividades nas escolas, e fazemos isso logo a partir do 1.º ciclo. No 3.º ano do 1.º ciclo os alunos já têm uns conteúdos, que é o estudo do meio local, em que se promove estas questões da história regional”, acentuado as especifici­dades de cada localidade, com a certeza que “os alunos têm outra motivação se estiverem a falar do que os rodeia.

As ‘honras da casa’ foram feitas por Ricardo Barcelos, presidente do conselho executivo da escola anfitrião, para uma plateia de 60 professore­s, elementos de associaçõe­s culturais e entidades na área da investigaç­ão.

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Jorge Carvalho atesta qualidade da escola e boas saídas profission­ais para os alunos, muitos vindos do exterior.

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