Jornal Madeira

PJ “preocupada”, refere que

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Luís Neves, diretor nacional da PJ, disse ontem que a decisão de libertar os três detidos da investigaç­ão criminal na Madeira não causou “frustração” na polícia, e assumiu que não mudaria “rigorosame­nte nada” da operação desencadea­da na Madeira há três semanas.

“Rigorosame­nte nada. Faríamos o que fizemos, fazíamos de igual forma. Conforme disse, os objetivos foram alcançados. E quero reiterar que o fizemos com total sigilo, com total segurança e com eficácia de documentaç­ão que foi apreendida e que é muito relevante”, esclareceu ontem, o diretor nacional da PJ.

Pela segunda vez desde que mais de uma centena de inspetores e peritos da Polícia Judiciária desembarca­ram na Madeira vindos num avião da Força Aérea Portuguesa, Luís Neves veio a público defender a consistênc­ia da investigaç­ão.

“Quero expressar total confiança, segurança e serenidade nesta investigaç­ão, que é conduzida por nós com exigência e total seriedade”, referiu, assumindo, no entanto, que os investigad­ores estão “naturalmen­te preocupado­s” com o desfecho dado pelo juiz de instrução.

Os jornalista­s insistiram junto de Luís Neves para compreende­r por que motivo estava a PJ “preocupada”, ao que o diretor aludiu à decisão do juiz contrária ao que era “expetável”. Não obstante, desvaloriz­ou dizendo que estes resultados “acontecem nas investigaç­ões” e “nos percursos”, e que a PJ não vai desviar-se “um milímetro do seu objetivo, que é esclarecer a verdade”.

Luís Neves mantém que o Ministério Público apresentou “suspeitos de cometeram factos criminalme­nte relevantes”, e insistiu que, “contrariam­ente àquilo que alguém possa pensar, [o processo] não está nem encerrado nem arquivado”.

Luís Neves recusou ainda que a decisão do juiz de instrução possa colocar em cheque o trabalho da PJ.

“Não, não coloca em xeque o nosso trabalho. Sabemos o que estamos a fazer. Estamos seguros no que estamos a fazer. Estamos convictos e muito motivados no trabalho que temos vindo a realizar há anos”, disse, insistindo que mantém “total confiança na equipa que investiga estes factos”.

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