Curta leva Porto Santo a concurso internacional
Beatriz Peixe, estudante de Audiovisual e Multimédia, está a participar com ‘The island that never spoke’ no Sony Future Filmmaker Award para transmitir o que sente pela ilha a que chama de casa.
Partilhar com o mundo o sentimento que nutre pelo Porto Santo, a ilha a que chama de casa, foi o propósito de Beatriz Peixe ao desenvolver uma curta-metragem sobre “a ilha que nunca falou”, mas que “sussurra segurança”, traz a paz para o seu ser, e “sempre a compreendeu”. Intitulado ‘The island that never spoke’, foi filmado na ilha dourada com um iphone 14 Pro e está agora a concurso no ‘Sony Future Filmmaker Award’, na categoria ‘Future Format’, que apenas aceita filmes produzidos com recurso a um telemóvel.
Este concurso internacional apresenta-se como uma boa oportunidade para criadores e cineastas, sendo que os 30 selecionados, numa lista a ser divulgada a 23 de abril, l, poderão viajar até aos estúdios da Sony Pictures em Culver City, Califórnia, para participar numa cerimónia oficial e num programa ma de workshop personalizado de e quatro dias liderado por executivos utivos da Sony Pictures. Os vencedores edores serão revelados posteriormente, iormente, a 30 de maio.
Beatriz Peixe tem em 18 anos, faz vídeos para o Youtube des- de os oito, e considera o vídeo a sua “grande paixão”. Frequenta, atualmente, o primeiro ano do curso de Audiovisual e Multimédia na Escola
Superior de C Comunicação Social (ESCS), em Lisboa. Lis Em 2023, produziu a sua primeira p curta-metragem, ‘Home’, Hom para o concurso Madeira Curt Curtas, constando nos nomeados para pa a melhor curta madeirense.
Sendo viajar vi outra das suas grandes pa paixões, conta que, no ano pass passado, conheceu dez países europeus, no âmbito do programa Erasm mus. Contudo, após te ter crescido e vivido na ilha dourada a maior parte da sua vida, não restam dúvidas de que a sua ‘casa’ “é única”. “Não há nada como o Porto Santo e nad da é capaz de a substit tituir. É esta ilha que me faz sentir segura e o meu objetivo é partilhar com o mundo este sentimento e esta paixão que tenho pelo Porto Santo. Quero mostrar aos outros de onde venho e motivá-los, também, para visitarem a minha ilha, a que chamo ‘casa’”, partilha a jovem com o Jornal.
Numa referência a José Saramago, Beatriz Peixe também acredita que” só poderemos ver a ilha quando saímos dela”, tendo sido depois de ir para Lisboa estudar que percebeu “o quanto” sente “falta dela”. “O seu poder é mágico, pois sem dizer uma única palavra, consegue dizer-me tudo”, acrescentou.
Crente de que a participação neste concurso será uma forma de partilhar o seu sentimento pelo Porto Santo com o mundo, promovendo a Região e a ilha, a jovem estudante, manifestamente “orgulhosa” de vir de onde vem, acredita que “todos deveríamos nos orgulhar do nosso passado, das nossas origens, pois sem ele não seríamos quem somos hoje”.
Beatriz Peixe acredita que “o poder das redes sociais é enorme”. Para exemplificá-lo, sublinha que um dos seus últimos vídeos publicados no Tiktok, sobre como confecionar o tradicional Bolo do Caco, típico da terra, conta com mais de 330.000 visualizações.
A curta-metragem pode ser vista no Youtube, em youtube.com/@ Biapeixe.
AAssociação Recreio Musical União da Mocidade comemorou, este domingo, 18 de fevereiro, o seu 111.º aniversário. A celebração tem contado com vários momentos, tendo sido um dos seus pontos fortes a inauguração da Praceta Eurico Martins, em honra do grande impulsionador daquela entidade e da Orquestra de Bandolins da Madeira.
Na ocasião, André Martins, maestro e filho de Eurico Martins, que hoje assume a direção musical daquela orquestra, admitiu, em declarações aos jornalistas, que um auditório em que a Orquestra de Bandolins da Madeira pudesse realizar os seus concertos semanais seria a melhor prenda de aniversário que aquela entidade poderia receber. “Este ano, celebramos 30 anos de concertos semanais. Não existe nenhuma orquestra na Madeira que tenha esses registos”, justificou, reconhecendo que a disponibilidade das salas de espetáculo madeirenses é, por vezes, uma condicionante para o desenvolvimento de uma atividade.
A Orquestra de Bandolins da Madeira tem realizado concertos semanais sobretudo na Assembleia Legislativa da Madeira, agendados para os próximos dias 23 de fevereiro, 1, 8, 15 e 23 de março, mas também no Museu Quinta das Cruzes, Igreja Inglesa e Museu de Arte Sacra do Funchal.
Conforme já havia avançado o JM, para além desta praceta, que ontem viu a sua toponímia oficialmente inaugurada, Eurico Martins irá também dar nome a um novo festival de artes, apontado para junho de 2025, uma iniciativa com organização conjunta entre o maestro André Martins e o compositor Pedro Macedo Camacho. O festival, que terá, naturalmente, os bandolins em foco, irá homenagear o vulto das artes regionais, que faleceu em dezembro de 2014.
A inauguração da praceta, situada na freguesia de São Roque, onde está também sedeada a associação, contou com a presença dos seus principais órgãos, assim como de diversas entidades regionais, entre elas a presidente da Câmara Municipal do Funchal, Cristina Pedra, que assegurou que a autarquia irá manter o apoio à associação que marca a sua posição na área cultural, que se alarga para a educação e inclusão. Cristina Pedra destacou particularmente o percurso de Eurico Martins, um dos ilustres da freguesia, que dedicou a sua vida não só à orquestra de bandolins, mas também ao próprio segmento da infância, apoiando jovens e pessoas com carências.
Presentes estiveram também a vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Rubina Leal, e o presidente da Junta de Freguesia de São Roque, Pedro Gomes.
Refira-se que a Praceta Eurico Martins foi contemplada num projeto de requalificação do Governo Regional em São Roque que remonta a 2018, enaltecendo também o responsável pela formação dos músicos da orquestra de bandolins “mais antiga e mais jovem da Europa” durante cerca de duas décadas.