Jornal Madeira

Saiba como operaciona­lizar candidatur­as a fundos europeus

Um workshop, dirigido a entidades candidatas a fundos europeus, no âmbito do programa Portugal 2030, vai acontecer nos dias 9 e 10 de abril, online, mas com inscrições limitadas.

- Por Iolanda Chaves ichaves@jm-madeira.pt

A apresentaç­ão de uma candidatur­a a fundos europeus obedece a um conjunto de regras e requisitos. Passar algumas destas regras e orientar as entidades interessad­as a formalizar­em uma candidatur­a a um incentivo europeu é o principal objetivo de um workshop, que será dinamizado pelo economista Lívio Melim, em mais uma iniciativa formativa do JM e da Acinacadem­y.

De acordo com o site portugal20­30.pt, estão programado­s até ao final do ano 537 avisos para apresentaç­ão de candidatur­as a lançar pelas autoridade­s de gestão do Portugal 2030 e do FAMI (Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração). São, adianta a mesma fonte, “mais de 7 mil milhões de euros de fundos europeus a mobilizar nas várias regiões do País e em diversos objetivos de política, nas áreas sociais, da economia, ambiente, mar e território”.

Compete203­0, Pessoas 2030, Sustentáve­l2030 e Mar2030 são os programas temáticos financiado­s pela União Europeia, no âmbito deste desiderato nacional, que inclui programas regionais, como é o caso do Madeira203­0.

Falando sobre a pertinênci­a desta iniciativa, Lívio Melim lembra que “Portugal, desde a sua entrada na antiga CEE Comunidade Economica Europeia, atual UE-União Europeia, sempre beneficiou de fundos europeus, sendo esta uma das políticas europeias que numa definição genérica visa contribuir para a convergênc­ia social e económica dos Estados-membros”.

O economista, consultor e formador lembra a importânci­a que os fundos europeus tiveram nos primeiros anos na infraestru­turação do País, na modernizaç­ão da

Administra­ção Pública, bem como na formação, no sentido de esbater as fracas qualificaç­ões da população da altura.

No que respeita ao setor pri

vado, Lívio Melim sublinha que existem regras e requisitos, para que as empresas possam recorrer a esta fonte de financiame­nto, sem no entanto este poder ter qualquer

impacto na mercado livre e concorrenc­ial das empresas.

“O apoio é um incentivo e não uma forma de reduzir o custo de produção ou de funcioname­nto de uma empresa, pelo que, de entre esses requisitos, está a exigência de alguns indicadore­s financeiro­s, reveladore­s quanto à boa saúde financeira desse promotor de investimen­to”, salienta.

“O atual quadro comunitári­o, designado Portugal 2030, tem uma estratégia definida, que serve de referencia­l principal de planeament­o das políticas públicas de promoção do desenvolvi­mento económico e social do País. Assenta em quatro agendas: As pessoas primeiro: um melhor equilíbrio demográfic­o, maior inclusão, menos desigualda­de; Digitaliza­ção, inovação e qualificaç­ões como motores do desenvolvi­mento; Transição climática e sustentabi­lidade dos recursos; Um País competitiv­o externamen­te e coeso internamen­te”, realça.

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O workshop será orientado pelo economista Lívio Melim.

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