Jornal Madeira

Guarda-noturno já faz rondas na Camacha

Pedro Fernandes, presidente da Junta de Freguesia, informa ainda que a PSP passará também a fazer rondas de 24 horas na localidade.

- Por Bruna Nóbrega bruna.nobrega@jm-madeira.pt

A Camacha não baixou os braços e já conseguiu resposta para uma das suas reivindica­ções tão almejadas: guarda-noturno a fazer ronda na freguesia, algo que já não acontecia desde 2021. Trata-se do profission­al que está responsáve­l pela zona do Caniço e que, desde a passada terça-feira, começou a fazer também vigilância em solo camachense.

Esta é, para já, a solução provisória encontrada, enquanto a Câmara Municipal de Santa Cruz não abre concurso para a contrataçã­o de mais guardas-noturnos no concelho, o que, segundo informou uma fonte ao Jornal, não deverá acontecer antes de agosto.

Consciente daqueles que são os problemas da localidade, Pedro Fernandes, presidente da Junta de Freguesia da Camacha, regozija-se ao JM pelo facto de, após os diversos contactos estabeleci­dos com a Associação Nacional de Guardas Noturnos e com a PSP, assim como a vigília levada a cabo em fevereiro pela população e a reunião promovida pela Junta, na semana

passada, ter sido possível atingir esta resolução.

“A Junta de Freguesia conseguiu finalmente que o guarda-noturno voltasse à Camacha”, relevou o autarca, anunciando o facto de ter havido ainda um reforço do patrulhame­nto da PSP que passa a “fazer ronda dia e noite com mais frequência” na zona.

Pese embora estas medidas, o presidente da Junta pede aos camachense­s que estejam atentos a possíveis situações de risco, atendendo a que os meliantes não estão detidos, e informa que quem pretender, seja instituiçã­o, estabeleci­mento comercial ou privado, pode entrar em contacto com o guarda-noturno, através dos seguintes contactos: 963 044 185 ou gn-ricardomot­a@ hotmail.com.

Solução tardou

Certo é que volvidos quase dois anos de sucessivos assaltos a casas e espaços comerciais que geraram alarme social, eis que estas são finalmente boas notícias. Todavia, Ricardo Vasconcelo­s, presidente da Casa do Povo da Camacha, o qual já defendia a necessidad­e de repor o guarda-noturno em janeiro

de 2023, entende que esta solução devia ter sido implementa­da mais cedo, logo que o clima de inseguranç­a começou a instalar-se.

O que, no seu entender, mantém-se “sem resposta” é a impunidade face aos larápios que continuam a atuar com uma certa leviandade. “Ainda no fim de semana houve um assalto no Posto da Poncha, onde era o antigo posto de gasolina. Roubaram garrafas de álcool e dinheiro”, relatou Ricardo Vasconcelo­s, acrescenta­ndo que também por estes dias uma senhora que vinha a sair do centro de saúde foi alvo de um assalto por dois indivíduos, um dos quais munido de um pau, em plena luz do dia.

“Esta impunidade gera mais criminalid­ade porque os meliantes apercebem-se que nada acontece e fazem disto um modo de vida, o que acaba por atrair outra malta de fora da freguesia para fazer assaltos”, alerta.

Embora reconheça que já se nota, de facto, uma melhoria no que concerne ao policiamen­to na zona, Ricardo Vasconcelo­s é perentório em afirmar que ainda não é suficiente para travar o flagelo.

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Sucessivos assaltos a casas e estabeleci­mentos comerciais têm gerado alarme social na Camacha.

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