Exposição retrata evolução dos direitos
Em parceria com a Câmara Municipal do Funchal, a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta, inaugurou, ontem, no Centro Cultural e de Investigação do Funchal (CCIF), a exposição ’50 anos de Abril: Evolução dos Direitos das Mulheres e dos Direitos Humanos’.
Com esta mostra, composta por obras criadas por mulheres no decorrer do concurso de artesanato e artes plásticas, ao longo de cinco anos, a UMAR reflete sobre a evolução dos direitos, desde o Estado Novo até à atualidade, a par dos ecofeminismos e a sustentabilidade ambiental e social.
Na inauguração, Joana Martins, coordenadora da associação, alertou para a importância de “nos mantermos vigilantes para que não haja retrocessos”. “Os direitos não surgiram do dia para a noite, foi preciso conquistá-los, durante décadas, e não os podemos dar por adquiridos”, sublinhou a coordenadora, salientando que “a igualdade ainda não é”, aos olhos da UMAR, “uma realidade”
“Ainda existem muitas desigualdades, preferia não ter de assinalar este dia, mas se o fazemos é porque ainda é necessário alertar para estas disparidades”, concluiu.
Já o diretor do CCIF, Francisco Faria Paulino, aproveitou a ocasião para afirmar que “temos que combater esta sociedade de desigualdades”, ainda que, apesar dessas discrepâncias, “felizmente, a mulher continue a fazer o seu caminho”. A propósito da exposição, refletiu que “chama à atenção para a [assimetria] permanente, mas, por outro lado, é um testemunho da criatividade” das mulheres envolvidas.
Por sua vez, Helena Leal, vereadora da Câmara Municipal do Funchal, com o pelouro da Igualdade de Género, agradeceu o trabalho desenvolvido pela associação na defesa dos direitos. “Esta exposição tem muito significado. Surge porque as pessoas foram empoderadas a participar”, referiu. Mais alertou a vereadora que “a sociedade pode regredir, de um momento para o outro” e, por isso, “é importante continuar a defender as causas”.