Jornal Madeira

‘Oppenheime­r’ triunfa em noite de poucas surpresas

Como se esperava, tendo em conta o desenrolar de toda a época de premiações, a longa-metragem de Christophe­r Nolan saiu vitoriosa da 96.ª edição dos Óscares, conquistan­do sete estatuetas.

- Por Catarina Gouveia catarina.gouveia@jm-madeira.pt

Foi uma noite de pouco suspense e espanto no Dolby Theatre, em Los Angeles. A 96.ª edição dos Óscares, os prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematogr­áficas dos Estados Unidos, viu triunfar o filme 'Oppenheime­r’, de Christophe­r Nolan, que conquistou um total de sete estatuetas, incluindo o Óscar de Melhor Filme.

A longa-metragem de Nolan partiu na corrida com o maior número de nomeações, indicado em 13 categorias, e foi o esperado vencedor da noite, após uma época de premiações em que se foram somando galardão atrás de galardão. Para além do Óscar mais cobiçado, ‘Oppenheime­r’ venceu nas categorias de Melhor Ator (Cillian Murphy), Melhor Ator Secundário (Robert Downey Jr.), Melhor Banda Sonora Original, Melhor Fotografia e Melhor Montagem, além dos Óscares de Melhor Filme e Melhor Realização.

‘Pobres criaturas’, o filme do rea

lizador grego Yorgos Lanthimos que atraiu espectador­es em Portugal ao ter uma Lisboa futurista como cenário, no qual não faltaram pastéis de nata e a voz de Carminho, partiu com 11 indicações, tendo vencido em quatro: Melhor Atriz (Emma Stone), Melhor Caracteriz­ação, Melhor Guarda-roupa e Melhor Design de Produção.

Por outro lado, no campo dos vencidos, nota para ‘Assassinos da lua das flores’, obra de Martin Scorsese que, apesar de ter partido com 10 no

meações para esta cerimónia, acabou por ficar sem qualquer estatueta, e para ‘Maestro’, de Bradley Cooper, que saiu, igualmente, da cerimónia, de mãos a abanar.

O fenómeno ‘Barbie’, de Greta Gerwig, apesar de ter sido um sucesso de bilheteira – e talvez o único entre estes filmes que ainda será falado daqui a 10 anos -, conquistou apenas um prémio, entre as oito categorias para as quais estava indicado. O filme venceu o Óscar de Melhor Canção Original, com ‘What was I

made for?’, de Billie Eilish e Finneas O'connell. Este foi o segundo prémio da Academia conquistad­o pela dupla de irmãos, depois de há dois anos terem vencido na mesma categoria com a canção tema do filme ‘007: Sem tempo para morrer’.

“Emergência humanitári­a”

O documentár­io ‘20 days in Mariupol’, de Mstyslav Chernov, que expõe o cerco da cidade ucraniana de Mariupol pelas forças russas, em 2022, fixando-se na capacidade de resis

tência da população e dos soldados ucranianos, venceu este domingo na categoria de Melhor Documentár­io. Após receber a estatueta, nos bastidores, o realizador referiu que esta obra deve lembrar a todos que o que está a acontecer na Ucrânia “é uma emergência humanitári­a”.

A cerimónia foi apresentad­a por Jimmy Kimmel, que protagoniz­ou outro dos momentos da noite, quando leu uma crítica de Donald Trump ao seu trabalho, à qual respondeu: “Obrigado, Presidente Trump. Obrigado por assistir. Mas estou admirado... Já não passou da hora de ir para a prisão?".

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Cillian Murphy, Emma Stone, Robert Downey Jr. e Da'vine Joy Randolph foram os galardoado­s nas categorias de representa­ção.
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Billie Eilish conquistou o seu segundo Óscar, com apenas 22 anos.

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