FC PORTO LUTADOR SÓ CAIU NOS PENÁLTIS
FC Porto impôs respeito em Londres ao obrigar o líder da Premier League ao desempate por grandes penalidades. Da marca dos 11 metros, os dragões permitiram a defesa de dois remates e foram eliminados.
O FC Porto foi ontem eliminado nos penáltis (4-2) pelo Arsenal, nos oitavos de final da Liga dos Campeões de futebol, mas jogou de igual para igual e esteve à beira de afastar da competição líder do campeonato inglês.
Depois do triunfo em casa, por 1-0, os dragões viram o Arsenal empatar a eliminatória, aos 41’, pelo belga Trossard, um resultado que se arrastou até ao final do prolongamento.
Os ‘gunners’ foram mais competentes na hora de bater os penáltis, mas ao longo do jogo evidenciaram um certo temor pelo FC Porto, expresso nas cautelas que adotaram desde o início da partida, um pouco contra a sua própria matriz de jogo, que é claramente mais ofensiva.
De resto, o jogo teve tão poucas situações suscetíveis de darem golo e as vezes em que o Arsenal criou mais perigo junto da baliza de Diogo Costa foi em lances de bola parada, quer cantos quer livres, onde são muito fortes, até em função do poderio físico de jogadores como Saliba, Gabriel ou Havertz.
No entanto, à semelhança do que sucedeu no Dragão, o FC Porto
soube anular a maioria desses lances, fruto da concentração e marcação dos jogadores do FC Porto, que sabiam exatamente o que fazer para anular esse ponto forte da equipa de Mikel Arteta.
Ao contrário do que era expectável, o Arsenal nunca encostou o FC Porto às cordas, nem sequer optou por fazer pressão alta na primeira fase de construção portista, temendo que, ultrapassada esta, o seu adversário pudesse causar-lhe danos nas transições ofensivas, o que denota grande respeito.
O melhor elogio que se pode fazer à equipa do FC Porto foi o
Com pouco trabalho durante 120’, ao defender os penáltis de Wendell e Galeno colocou o Arsenal nos quartos 14 anos depois.
facto de o Arsenal durante o prolongamento ter-se conformado a discutir a eliminatória nos penáltis, por manifesta incapacidade para se superiorizar ao seu adversário ou chegar ao segundo golo.
Na marcação dos penáltis, o Arsenal foi mais competente, ao concretizar quatro, não tendo batido o quinto por não ter sido necessário, visto que o FC Porto falhou dois, o primeiro por Wendell e o segundo por Galeno.
Esta foi a terceira vez que o FC Porto discutiu uma eliminatória nos penáltis numa competição europeia, tendo sido eliminado nas três.
David Raya