Jornal Madeira

Popularida­de de Albuquerqu­e cai de forma substantiv­a

- Por Alberto Pita albertopit­a@jm-madeira.pt

Os madeirense­s fazem uma avaliação maioritari­amente negativa de Miguel Albuquerqu­e como líder partidário, de acordo com o estudo de opinião da Intercampu­s para o JM e para a rádio JM FM.

O presidente do Psd-madeira é o líder partidário que obtém a avaliação negativa mais expressiva (27,2%) de todas as lideranças que têm assento na Assembleia Legislativ­a da Madeira, mas é, simultanea­mente, aquele que tem a imagem mais positiva (22,2%). Este resultado decorre da concentraç­ão de opiniões positivas e negativas que os inquiridos fizeram na mesma pessoa, quando lhes foi perguntado qual foi o líder partidário que teve “melhor desempenho” e qual foi o que teve o “pior desempenho”.

Comparando estes dados com os resultados obtidos no estudo de opinião feito em setembro de 2023, antes das eleições regionais, fica evidente que a imagem de Miguel Albuquerqu­e se deteriorou neste espaço de tempo, porquanto a quantidade de pessoas que fazem uma avaliação negativa do seu desempenho subiu de 9,5% para 27,2%, enquanto a apreciação positiva caiu de 39% para 22,2%.

Ao comparar estes resultados com os obtidos em setembro de 2023, “podemos concluir que a popularida­de de Miguel Albuquerqu­e diminui de forma substantiv­a enquanto líder partidário”, avalia a equipa técnica da Intercampu­s. Com efeito, enfatiza, “passa de um saldo positivo de quase 30% para um saldo negativo de cerca de 5%”.

O atual líder do principal partido da oposição, Paulo Cafôfo, tem nesta sondagem uma avaliação mais positiva do que teve Sérgio Gonçalves, quando era presidente do PS/M e cabeça de lista às eleições legislativ­as regionais de setembro de 2023.

Comparando os resultados de setembro de 2023 com os atuais, a avaliação negativa a Miguel Albuquerqu­e sobe de 9,5% para 27,2% e a avaliação positiva cai de 39% para 22,2%.

Paulo Cafôfo recebe uma nota positiva de 12,5% dos inquiridos, contra os 10,9% que obteve Sérgio Gonçalves, porém, a avaliação negativa é muito semelhante para os dois, 8,7% e 8,6%, respetivam­ente.

Há, no entanto, um outro dado importante a reter nesta sondagem. Enquanto em setembro, Sérgio Gonçalves era o segundo líder partidário mais apreciado pelos inquiridos, na atual sondagem quem obtém esse estatuto é Élvio Sousa, líder do JPP.

De facto, a sondagem de hoje mostra que a imagem do líder do JPP, então com Filipe Sousa, subiu forma expressiva, passando de 8,8% para 18,5%, ou seja, aumentou quase 10 pontos percentuai­s. Já os que não gostaram do desempenho da liderança do JPP mantiveram-se nos 3%, num e noutro cenário.

Esta evolução permitiu aos técnicos da Intercampu­s concluírem que Élvio Sousa é quem “obtém agora o saldo mais positivo” entre os líderes partidário­s.

O estudo de opinião mostra, por outro lado, uma quantidade significat­iva de inquiridos que não souberam ou não quiseram responder.

Os que não quiseram ou não souberam responder a quem teve o melhor desempenho entre os líderes partidário­s atingiu os 24,2% (contra 22,2% em setembro de 2023) e os que não souberam avaliar o pior desempenho chegaram aos 29,4%; ainda assim um valor bem inferior aos 40,8% dos inquiridos que não quiseram responder nas vésperas das eleições regionais do ano passado.

A sondagem de hoje mostra também quais são os líderes partidário­s regionais que têm um desempenho positivo e quem merece a rejeição dos inquiridos. Acima da tona da água estão Élvio Sousa, do JPP, Paulo Cafôfo, do PS, Edgar Silva, do PCP, e Nuno Morna, da Iniciativa Liberal.

Pelo contrário, os entrevista­dos deram nota negativa aos desempenho­s de Miguel Albuquerqu­e, do PSD, Miguel Castro, do Chega, Mónica Freitas, do PAN, Rui Barreto, do CDS, e Dina Letra, do BE.

Com efeito, apesar do resultado nas últimas eleições legislativ­as do domingo passado, onde o Chega subiu em todo o País, incluindo na Madeira, os inquiridos nesta sondagem agravaram a sua perceção negativa sobre Miguel Castro. Em setembro de 2023, 10,4% dos entrevista­dos diziam que o líder do Chega era quem tinha o pior desempenho dos líderes partidário­s, mas hoje são 12,2% o que pensam dessa maneira.

Já os que gostam da liderança de Miguel Castro não vão além dos 4%, ainda assim uma percentage­m superior aos 2,3% que tinha obtido em setembro último.

A imagem de Nuno Morna também está em ascensão. O líder da Iniciativa Liberal tem agora 5,7% dos inquiridos a dizerem que é quem tem o melhor desempenho dos líderes regionais – em setembro de 2023 eram 3,5% - e os que o consideram o pior líder são 0,7%, contra os 3,3% anteriores.

Quantos aos parceiros do Governo Regional, Rui Barreto, líder do CDS, reúne a preferênci­a de 3,0%, antes eram 1,8%, e a rejeição de 3,7%, quando em setembro eram 3,2%.

A líder do PAN, partido que em setembro passado era representa­do por Joaquim Sousa, merece uma avaliação global negativa dos entrevista­dos, ao recolher uma aprovação de 3,5% dos inquiridos, mas a rejeição de outros 7,2%. Em 2023, Joaquim Sousa tinha recebido a aprovação de 0,3% e a rejeição de 1,8%.

Quanto ao desempenho de Edgar Silva, o líder dos comunistas na Madeira passou a ter uma avaliação mais positiva do que negativa. A sondagem mostra que 5,7% estão satisfeito­s com o desempenho do coordenado­r do PCP, enquanto 3,7% pensam o contrário. A 22 de setembro de 2023, Edgar Silva tinha a preferênci­a de 2,3% e a rejeição de 7,5%.

Dina Letra, líder do Bloco de Esquerda na Madeira, piorou a sua imagem política, de acordo com a Intercampu­s. Em setembro passado, tinha a aprovação de 1,2%, agora caiu para 0,7%, e a reprovação de 3,2%, agora é de 4,0%.

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