Madeira assinalou greve geral dos jornalistas
De acordo com a direção regional da Madeira do Sindicato dos Jornalistas, pelas 13h00, nas principais redações, Lusa e RTP eram os meios com maior adesão à greve geral em solo regional. Na agência Lusa, a adesão era de 100%, enquanto na RTP seis jornalistas exerceram o direito à greve, a primeira da classe nos últimos 40 anos. Em outros órgãos de comunicação social também se registaram ausências, nomeadamente quatro na redação do DN e duas na do JM.
No Funchal, houve ainda lugar a uma concentração de profissionais, tivessem ou não aderido à greve geral, junto da Assembleia Regional da Madeira, tendo José Manuel Rodrigues, o presidente da Mesa e também ele jornalista de profissão, estado naquele espaço.
A nível do todo do País, a Agência Lusa terá a sido a mais penalizada pela ausência de profissionais, tendo mesmo interrompido os seus serviços.
Também a TSF e a Antena 1 não fizeram os habituais noticiários,
sendo que no balanço foi acentuado que mais de quatro dezenas de órgãos de comunicação social estiveram parados, consoante balanço efetuado pela estrutura nacional do sindicato.
Em causa estão diversas reivindicações dos profissionais de comunicação social, nomeadamente
melhores condições de trabalho e valorização salarial.
O protesto geral dos jornalistas tem ganho espaço mediático nacional depois de conhecidas as dificuldades em que vivem diversos órgãos de comunicação social de dimensão nacional e também regional e até local.
O recente Congresso dos Jornalistas, em Lisboa, contribuiu para se perceber a dimensão das dificuldades de um setor sob forte concorrência e aumento generalizado de custos de produção. As empresas de comunicação reclamam outra atenção dos poderes públicos mas, até agora, sem sucesso.