Jornal Madeira

‘Tratuário’ abriu uma “janela de oportunida­des”

A inauguraçã­o da exposição ‘Os Monstros’, de António Aragão, marcou a abertura da ‘Tratuário’, na Rua da Carreira. A mostra, com curadoria de Martinho Mendes, estará patente até 24 de maio.

- Por Lígia Neves ligia.neves@jm-madeira.pt

AAPCA – Agência de Promoção e Cultura Atlântica inaugurou, ontem, a galeria ‘Tratuário’, na Rua da

Carreira, nº 119, sob o olhar atento de um vasto público que ali se reuniu.

A estreia da nova galeria multidisci­plinar contou com a abertura de uma exposição, intitulada ‘Os Monstros’, de António Aragão, com curadoria de Martinho Mendes, a qual ficará patente até ao dia 24 de maio, sendo esta a primeira de muitas outras que estarão por vir.

A mostra, que retrata a última coleção de quadros do artista madeirense, pintados em 1992, conta com 12 quadros adquiridos pela APCA, entidade responsáve­l por este espaço dedicado às artes, a par do empréstimo de outra obra sob a tutela da Casa da Cultura de Santa Cruz – Quinta do Revoredo, que segue o propósito de complement­ar a exposição.

Com a abertura da ‘Tratuário’, a APCA lança, assim, um equipament­o cultural que irá acolher vários tipos de atividades, entre as quais exposições, concertos, workshops, peças de teatro, espetáculo­s e/ou sessões de cinema.

“Acreditamo­s que irá ser um espaço dinâmico de portas abertas e, sobretudo, uma janela de oportunida­des para os artistas exporem os seus trabalhos, de forma a atrair parceiros e assim promover o trabalho em parceria”, revela Beatriz Oliveira, da organizaçã­o, ao JM.

Ainda a galeria não havia sido inaugurada já a Agência tinha a programaçã­o prevista para este ano fechada. No entanto, de olhos postos no futuro, encontra-se aberta a receber propostas de entidades ou artistas interessad­os em colaboraçõ­es para o próximo ano de 2025.

“Atuando nas áreas do conhecimen­to científico e cultural, mas também tecnológic­o, a APCA Madeira tem vindo a conceber e a desenvolve­r inúmeros projetos, sendo que a sua evolução enquadra-se, numa perspetiva mais geral, no desenvolvi­mento do associativ­ismo cultural e do setor cultural e criativo madeirense registado nas últimas décadas”, expressa o organismo.

A ‘Tratuário’ abriu, deste modo, no ano em que a APCA celebra 20 anos, o que “é de facto um marco muito importante, fruto do trabalho que temos desenvolvi­do ao longo do tempo”, evidencia a organizaçã­o, ao Jornal.

De referir que a recém estreada galeria estará aberta ao público de segunda a sexta-feira, entre as 10 e as 18 horas.

Numa cerimónia bastante concorrida, o curador da exposição fez o enquadrame­nto do evento e da atividade do artista em exposição. Martinho Mendes classifico­u a coleção como um retorno do autor à pintura e à figuração.

Também Maurício Marques, dirigente da APCA, recordou que a Agência completa este ano duas décadas e que a ideia de gerir um espaço próprio foi sempre um objetivo que só agora é concretiza­do. Marques defendeu uma nova Lei do Mecenato e desafiou a diretora regional de Cultura para que a Região tenha uma lei melhor do que a que vigora ao nível nacional.

Natércia Xavier também usou da palavra para elogiar o arrojo da APCA e admitiu que o novo espaço tem condições para ser uma nova centralida­de cultural.

O presidente da Assembleia fechou as intervençõ­es valorizand­o o projeto da Agência e recordando a importânci­a de obras de Aragão que estavam dispersas e iam para leilão terem sido adquiridas pela Região.

A nova galeria multidisci­plinar irá acolher uma série de atividades culturais, desde as artes visuais à música, passando pelo cinema.

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