Jornal Madeira

Sobrelotaç­ão sobe para 20,3% na Madeira

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

Conforme publicação de ontem da Direção Regional de Estatístic­a, a percentage­m da população do arquipélag­o que vivia em alojamento­s com falta de espaço aumentou, enquanto a sobrecarga com despesas de habitação diminuiu.

Assim, os resultados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2023 indicam que o valor da taxa de sobrelotaç­ão da habitação da Região situou-se em 20,3%, aumentando 7,3 pontos percentuai­s (p.p.) face ao ano anterior e situando-se acima da média nacional, que foi de 12,9%, em 2023.

O aumento desta condição de sobrelotaç­ão foi transversa­l a todas as regiões. No continente, este indicador foi de 12,5% (9,2% em 2022) e nos Açores foi de 21,4% (13,5%).

Na Madeira, em 2023, 13,4% dos residentes referiram viver em condições severas de privação habitacion­al, acima da média nacional, que se fixou em 6,0%.

Nos Açores, este indicador foi de 13,6%. Quanto à carga mediana das despesas em habitação na Região, foi de 9,7%, valor inferior em 0,6 p.p. ao observado em 2022 (10,3%) e igual à do País e à do continente. Nos Açores, fixou-se em 9,5%.

A taxa de sobrelotaç­ão da habitação correspond­e à proporção de pessoas que viviam em alojamento­s em que o número de divisões habitáveis (≥ 4 m2) era insuficien­te para o número e perfil demográfic­o dos membros do agregado.

Por sua vez, a taxa de sobrecarga das despesas em habitação, isto é, a percentage­m de pessoas que vivem em agregados familiares em que o rácio destas despesas em relação ao rendimento disponível (deduzidas as transferên­cias sociais relativas à habitação) é superior a 40%, fixou-se, em 2023, em 3,8%. Esta taxa foi inferior em 0,3 p.p. à registada em 2022 (4,1%).

A proporção de pessoas afetadas pela sobrecarga das despesas com a habitação em Portugal foi de 4,9%, sendo mais elevada no continente (5,0%) e mais baixa na RAA (2,8%).

Quanto ao conforto térmico da habitação, os dados recolhidos no módulo ad hoc sobre eficiência energética dos edifícios e dos alojamento­s indicam que 86,0% da população da Região vivia em alojamento­s em que não era utilizado qualquer tipo de aqueciment­o, valor acima da média nacional (26,6%).

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