Assistentes sociais conquistam a sua própria Ordem
Ontem foi Dia Mundial do Serviço Social, oportunidade propícia para juntar os profissionais do setor na Região, numa altura em que, após 20 anos de luta, iniciou-se já a contagem decrescente para a formação da Ordem dos Assistentes Sociais, uma classe que conta em Portugal com cerca de 20.000 profissionais, quase 400 dos quais na Madeira.
A conquista deste espaço próprio, de dignificação da classe, esteve, de resto, no cerne da conferência ‘Ordem dos Assistentes Sociais – Memória, Presente e Futuro’, que teve lugar no Colégio dos Jesuítas.
Antes, Fernanda Rodrigues, da Comissão Instaladora da Ordem dos Assistentes Sociais, partilhou o regozijo desta classe que com a criação da Ordem pretende, também, regulamentar o acesso à profissão.
“Durante muito tempo pensámos que o próprio Estado poderia se interessar por essa regulação, uma vez que era o principal empregador, e quando demos conta que não seria por parte do Estado que vinha esse interesse e essa vontade, então dissemos que somos capazes de promover a autorregulação e foi isso que fizemos”, sintetizou a responsável, que diz que o seu trabalho fica terminado quando conseguirmos abrir o processo eleitoral e dar posse, crendo que isso será possível até final deste ano, dado que “temos já todas as ferramentas”.
Reivindicações? “São algumas. Por exemplo, que os lugares que se abram para assistentes sociais sejam efetivamente para assistentes sociais Há hoje muito a ideia de que todos nós podemos fazer o mesmo, mas não é verdade, porque se assim fosse nem precisaríamos de ter as universidades divididas por áreas disciplinares”, consoante reagiu.