Jornal Madeira

Tempos desafiante­s

“O consenso é anegociaçã­o dalideranç­a”*

- Medeiros Gaspar *Margaret Thatcher, antiga primeira-ministra britânica

1. Montenegro

O líder da AD foi indigitado para Primeiro-ministro e toma hoje posse no cargo.

Depois de uma primeira etapa que envolveu a escolha do Presidente da Assembleia da República e onde ficou revelada a necessidad­e de uma mais apurada concertaçã­o de posições, vem aí a coleção de grandes desafios.

Para a esquerda, todos solucionáv­eis ontem!

Refiro-me à deplorável situação em que os serviços públicos se encontram, o caos que é a resposta de saúde pública nacional, a situação de desigualda­de entre diferentes forças policiais que motivou manifestaç­ões de rua, a desconside­ração (que o PS arrastou durante longos meses) pela situação dos professore­s, o PRR que está quase bloqueado porque o PS não cumpriu com exigências que são condição para o continuar dos pagamentos, os serviços de Justiça que têm os seus colaborado­res a rebentar pelas costuras, assoberbad­os de trabalho e sem recursos humanos para a resposta necessária.

Estas são algumas das questões que se colocarão a Luis Montenegro depois de nove anos de socialismo e onde o discurso agora é o de que os cofres estão cheios, logo basta abrir os cordões à bolsa e derramar dinheiro sobre estas situações.

O novo primeiro-ministro terá de cumprir com a abertura de linhas de diálogo com todos estes setores, procurando entendimen­tos e níveis de compromiss­o que sejam exequíveis e deem esperança às diferentes solicitaçõ­es.

Fazer como os Socialista­s, que recusaram dialogar, ignoraram meses a fio os problemas e depois na campanha eleitoral já estavam disponívei­s para repor os anos perdidos dos docentes, “queriam”, mas não podiam aumentar os polícias porque estavam em gestão ou até já sabiam como solucionar o problema dos médicos – isso não obrigado! Foi uma aldrabice que só engana quem está distraído.

O país também não sabia que uma das exigências para receber o PRR era uma profunda reforma da administra­ção pública, que exige cortes nas chefias, redução de lugares de dirigentes e partilha de serviços entre ministério­s.

O governo socialista nunca o disse, mas essa condiciona­nte está em cima da mesa e sem ela o país não recebe a quinta fatia desse dinheiro.

Mais uma armadilha que fica para o executivo da AD!

2. Madeira

Vamos a eleições a 26 de maio por vontade de Marcelo.

O PPD/PSD Madeira está naturalmen­te preparado e os Madeirense­s sabem-no.

Tem Programa de Governo e tem Orçamento Regional preparado.

Os cidadãos sabem com o que contar em relação às prioridade­s do Partido para a Madeira e Porto Santo.

Do outro lado também é claro que as esquerdas o que pretendem é derrubar o PPD/PSD. Não construir uma alternativ­a.

São estas duas atitudes o que estará em cima da mesa em maio.

A Madeira tem de continuar o seu caminho de cresciment­o!

3. Deselegânc­ias

O candidato a tudo, que lidera o Partido Socialista da Madeira, mostrou como não basta ser nomeado Secretário de Estado para ter modos.

Não basta frequentar as alcatifas do Palácio das Necessidad­es, ao Largo do Rilvas, para aprender o como estar em cada situação.

Isto a propósito da sua ida à audiência com o Presidente da República – Marcelo Rebelo de Sousa.

À saída fez declaraçõe­s onde revelou qual era a posição do Presidente quanto a marcar ou não eleições para a Assembleia Legislativ­a da Madeira dissolvend­o o parlamento.

Nenhum dos outros partidos teve essa veleidade, qual falta de educação e de modos, manifestan­do Paulo Cafofo a sua falta de estaleca para lidar com situações onde o saber estar e saber agir são essenciais.

Não sei se mais “chá” resolve!

Medeiros Gaspar escreve à terça-feira, de 2 em 2 semanas

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