Jornal Madeira

Paulo Cafôfo é vice-presidente da bancada do PS em Lisboa

O presidente do PS-M integra o conjunto de vice-presidente­s do grupo parlamenta­r do PS na Assembleia da República. A entrada decorre de uma inerência.

- Por Alberto Pita albertopit­a@jm-madeira.pt

Paulo Cafôfo integra a direção do grupo parlamenta­r do PS à Assembleia da República, ocupando o lugar de vice-presidente da direção, mas por inerência de ser presidente do Ps-madeira.

Cafôfo fica assim ao nível dos vice-presidente­s inerentes Elza Pais, presidente do Departamen­to Nacional das Mulheres Socialista­s (DNMS), e Miguel Costa Matos, secretário-geral da Juventude Socialista.

A direção do grupo parlamenta­r, eleita na quarta-feira, é presidida por Alexandra Leitão e tem outros 12 vice-presidente­s.

Na legislatur­a anterior, a Madeira também teve um vice-presidente, só que Carlos Pereira não subiu ao lugar por inerência, mas por escolha da direção de então.

É certo que, nas últimas eleições nacionais de 10 de março, o círculo da Madeira elegeu dois deputados socialista­s, menos um do que antes.

Quando havia três deputados pela Madeira, os representa­ntes madeirense­s assumiam uma coordenaçã­o, que chegou a ser feita por Mi

guel Iglésias. Agora, com apenas dois deputados – Paulo Cafôfo e Miguel Iglésias – a questão de haver uma coordenaçã­o ainda não está definida, até porque ambos mantêm uma

relação política muito próxima.

Mas apesar de o círculo da Madeira ter elegido dois socialista­s [três social-democratas e um do Chega], a verdade é que há três representa­ções regionais do partido.

O madeirense Carlos Pereira não entrou pelo círculo regional, mas está no Parlamento através do círculo de Lisboa.

Contactado pelo JM, Pereira não quis comparar se no mandato anterior os deputados da Madeira tinham maior poder de influência do que no atual modelo. “A avaliação, em termos de consequênc­ias, não consigo dizer”, respondeu, limitando-se a dizer que os madeirense­s agora “têm de aguardar para ver”.

Por outro lado, Carlos Pereira lembra que a opção de ir pelo círculo de Lisboa “não foi pela sua vontade, mas porque a direção do PS-M assim considerou”. Garante, ainda assim, que “não abandona os madeirense­s nem os objetivos que sempre” estabelece­u, relativame­nte à Madeira.

“Sou um autonomist­a, como todos sabem, e tenho consciênci­a dos problemas que ainda estão por resolver e vou empenhar-me, na mesma dimensão com que me empenhei no passado, para tentar resolver as questões”, mencionou.

Porém, disse haver uma questão que não controla, “que é a relação institucio­nal, a qual “se faz pelos deputados eleitos pela Madeira”. Portanto, “eu farei, voluntaria­mente, um trabalho de apoio aos madeirense­s, farei sempre, mas, do ponto de vista institucio­nal, esse papel cabe ao Ps-madeira”.

“Obviamente que estarei sempre a atento, e caso haja falhas, alertarei para isso e corrigirei o que puder ser corrigido, mas é uma responsabi­lidade deles, não minha”, rematou.

Relativame­nte às relações futuras com os dois deputados eleitos pela Madeira, Carlos Pereira diz que essa pergunta deve ser dirigida ao líder do PS-M, assegurand­o, no entanto, não ter qualquer “reserva mental”, em matéria de defesa dos interesses regionais. “Não tenho nenhuma reserva mental sobre construir soluções que ajudem a Madeira e os madeirense­s”.

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Paulo Cafõfo é agora um dos vice-presidente­s da bancada parlamenta­r do PS.

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