Casal procura resposta à morte de feto com seis meses
“De acordo com o protocolo existente, foi solicitado um estudo do feto com a autorização prévia da utente. O Serviço Regional de Saúde, aguarda o relatório do estudo solicitado”, reagiu, assim, ontem, ao Jornal, o SESARAM, quando questionado sobre a notícia avançada pelo Correio da Manhã e que fala de um caso de uma mulher de 20 anos que perdeu o filho aos seis meses de gestação e alegadamente não sabe do corpo do bebé.
Contactado, ontem, pelo JM, o SESARAM, sem dizer onde está o corpo do feto, começou por considerar ser necessário informar que assegurou todos os cuidados hospitalares à utente e respetiva família desde o início da gestação. Sublinha que todo o tipo de procedimentos e protocolos é explicado às utentes e ao seu/sua acompanhante e só mediante autorização, é dado cumprimento.
“Todo o tipo de conduta foi e é devidamente explicado a todas as gestantes nesta situação [morte fetal],
bem como a necessidade de apoio psicológico disponibilizado pela instituição, mediante a decisão da grávida”, diz ainda.
Mas a mulher que perdeu o bebé, e segundo declarações feitas ao Correio da Manhã, diz que, no dia 19 de março, acordou sem sentir o bebé a se mexer no útero. Foi para o hospital e recebeu a trágica notícia de que o
feto estaria morto. Afirma que lhe foi induzido o parto mas que não teve qualquer apoio médico. Garante que não recebeu qualquer explicação sobre a causa da morte do filho.
Lamenta que passado um mês, continua sem respostas. Nem sequer sabe onde está o bebé. É que, conforme adianta aquela publicação e de acordo com aquela mãe, o feto teria sito transportado para o Instituto de Medicina Legal. No entanto, a jovem alega que, contactou aquele organismo que diz não ter recebido qualquer corpo de bebé. Os jovens dizem viver momentos angustiantes e querem o esclarecimento do caso. O SESARAM diz que a Instituição Hospitalar “esteve e está, sempre disponível para esclarecer aos utentes as respetivas dúvidas”.