Cessar-fogo avança com Palestina independente
Um alto funcionário político do Hamas assegurou ontem que o grupo islâmico está disposto a avançar com uma trégua de, pelo menos, cinco anos com Israel, se um Estado palestiniano independente for estabelecido.
Al-hayya falava à Associated Press (AP), numa altura que se continua a verificar um impasse nas negociações para o cessar-fogo em Gaza.
Israel disse que iria aniquilar o Hamas, após os ataques de 7 de outubro, que desencadearam a guerra.
O governo opõe-se à criação de um Estado palestiniano independente nas terras que Israel capturou na guerra de 1967.
“Todos os que lutaram contra os ocupantes, quando se tornaram independentes e obtiveram os seus direitos […], transformaram-se em partidos políticos e as suas forças de combate e de defesa transformaram-se no exército nacional”, assinalou.
Até ao momento, Israel não respondeu àquelas declarações.
A autoridade palestiniana espera estabelecer um Estado independente na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e em Gaza, uma solução que tem vindo a ser apoiada pela comunidade internacional.
No entanto, o Governo do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu rejeita-a.
A guerra em Gaza arrasta-se há quase sete meses, depois de um ataque na região sul de Israel, no qual militantes do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram 250 reféns.
O bombardeamento israelita e a ofensiva terrestre em Gaza mataram mais de 34.000 palestinianos, segundo as autoridades de saúde locais.
Portugal e mais 17 países, incluindo Estados Unidos da América, França, Alemanha e Reino Unido, subscreveram um apelo para a libertação imediata dos reféns detidos pelo Hamas.
“Exigimos a libertação imediata de todos os reféns detidos pelo Hamas em Gaza desde há mais de 200 dias. Entre esses reféns, estão cidadãos dos nossos países”, refere uma declaração conjunta dos líderes dos 18 países divulgada ontem pela Casa Branca.