Jornal Madeira

FINAL PARA VENCER E ALIVIAR ‘AFLIÇÃO’

O jogo decisivo na Taça da Madeira opõe o já despromovi­do Juventude de Gaula aos Xavelhas, a lutar pela manutenção, materializ­ando uma final inédita.

- Por Daniel Faria danielfari­a@jm-madeira.pt

A final da Taça da Madeira de futebol sénior, este ano, tem a particular­idade de ser inédita, opondo Juventude de Gaula e Xavelhas, duas formações que ocupam a zona perigosa da Divisão de Honra, que carimbaram o acesso à final na passada quinta-feira. O Juventude de Gaula está já despromovi­do matematica­mente, enquanto os Xavelhas continuam a lutar para evitar a despromoçã­o.

Mas, na Taça da Madeira, o cenário é bem diferente, pois estas equipas são finalistas, afastando equipas de grande valia.

Curiosamen­te, Xavelhas e

Juventude de Gaula já tinham atingido as meias-finais na edição passada, ficando por essa fase. Porém, agora, materializ­am uma final inédita.

Fernando Pita, técnico dos Xavelhas, realçou ao JM que a final era um objetivo.

“Tínhamos o objetivo de melhorar o que fizemos no ano passado. Era um objetivo interno do clube e um sonho”, começou por dizer, realçando “a capacidade de luta e resiliênci­a” de “uma equipa que trabalha muito e é muito unida e tem raça”.

Como pontos a melhorar, Fernando Pita diz que a equipa “é jovem e falta alguma maturidade” também “ao nível disciplina­r”.

De resto, o treinador diz que chegar à final “dá motivação inclusive para lutar pela manutenção”, deixando ainda críticas à forma como o calendário é feito.

“Jogamos no domingo, agora na quinta fizemos 120 minutos e no domingo temos novamente jogo. O calendário mal estruturad­o para quem chega longe na Taça”, apontou, realçando que “a final é para ganhar”, sendo que “não há favoritos”.

De resto, Pita acredita na manutenção, lembrando “os muitos empates somados que acabam por prejudicar”.

De resto, o treinador admite que a Taça “gera maior foco e concentraç­ão”, por se tratar de uma prova a eliminar, o que justifica a chegada à final. Do outro lado, Márcio Alves, treinador do Juventude de Gaula, começa por aludir para esta final improvável.

Minimizar ‘danos’

“Se no início dissessem que a final seria entre o Gaula e os Xavelhas ninguém acreditari­a”, começou por referir.

O treinador lembrou que a equipa chegou às ‘meias’ no ano passado, realçando as boas prestações este ano.

“Apesar de termos já descido, na Taça a época tem corrido bem. Eliminámos o Nacional, o São Vicente, que eliminou Machico e o Santacruze­nse, que ainda não tinha perdido esta época”, declarou.

Quando questionad­o sobre a diferença de rendimento em relação à Taça e ao campeonato, Márcio diz que “a Taça é uma corrida de cem metros”, enquanto o “campeonato é uma maratona”.

O treinador, contudo, diz que no campeonato “a equipa bateu-se sempre bem e perdeu a maioria dos jogos apenas com um golo de diferença”, aludindo para “um maior foco e concentraç­ão” nos jogos a eliminar.

Quando questionad­o sobre se a vitória na final salva a época, Márcio Alves admitiu que não.

“Não salva a época. Mas é sempre melhor vencer do que perder. Claro que conquistar o troféu minimizari­a algo, mas não salva a época, porque descemos”, explicou.

De resto, o técnico gaulês acredita que a final “será um momento bonito e histórico para o clube”, vincando que todos irão “desfrutar ao máximo do momento”.

Tínhamos o objetivo de melhorar o que fizemos no ano passado. Era um objetivo interno do clube e um sonho. Fernando Pita, treinador d’os Xavelhas

Não salva a época. Mas é sempre melhor vencer do que perder. Claro que conquistar o troféu minimizari­a algo, mas não salva a época, porque descemos. Márcio Alves, treinador do Juventude de Gaula

 ?? ?? Juventude de Gaula e Santacruze­nse reeditaram meia-final da época passada.
Juventude de Gaula e Santacruze­nse reeditaram meia-final da época passada.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal