FINAL PARA VENCER E ALIVIAR ‘AFLIÇÃO’
O jogo decisivo na Taça da Madeira opõe o já despromovido Juventude de Gaula aos Xavelhas, a lutar pela manutenção, materializando uma final inédita.
A final da Taça da Madeira de futebol sénior, este ano, tem a particularidade de ser inédita, opondo Juventude de Gaula e Xavelhas, duas formações que ocupam a zona perigosa da Divisão de Honra, que carimbaram o acesso à final na passada quinta-feira. O Juventude de Gaula está já despromovido matematicamente, enquanto os Xavelhas continuam a lutar para evitar a despromoção.
Mas, na Taça da Madeira, o cenário é bem diferente, pois estas equipas são finalistas, afastando equipas de grande valia.
Curiosamente, Xavelhas e
Juventude de Gaula já tinham atingido as meias-finais na edição passada, ficando por essa fase. Porém, agora, materializam uma final inédita.
Fernando Pita, técnico dos Xavelhas, realçou ao JM que a final era um objetivo.
“Tínhamos o objetivo de melhorar o que fizemos no ano passado. Era um objetivo interno do clube e um sonho”, começou por dizer, realçando “a capacidade de luta e resiliência” de “uma equipa que trabalha muito e é muito unida e tem raça”.
Como pontos a melhorar, Fernando Pita diz que a equipa “é jovem e falta alguma maturidade” também “ao nível disciplinar”.
De resto, o treinador diz que chegar à final “dá motivação inclusive para lutar pela manutenção”, deixando ainda críticas à forma como o calendário é feito.
“Jogamos no domingo, agora na quinta fizemos 120 minutos e no domingo temos novamente jogo. O calendário mal estruturado para quem chega longe na Taça”, apontou, realçando que “a final é para ganhar”, sendo que “não há favoritos”.
De resto, Pita acredita na manutenção, lembrando “os muitos empates somados que acabam por prejudicar”.
De resto, o treinador admite que a Taça “gera maior foco e concentração”, por se tratar de uma prova a eliminar, o que justifica a chegada à final. Do outro lado, Márcio Alves, treinador do Juventude de Gaula, começa por aludir para esta final improvável.
Minimizar ‘danos’
“Se no início dissessem que a final seria entre o Gaula e os Xavelhas ninguém acreditaria”, começou por referir.
O treinador lembrou que a equipa chegou às ‘meias’ no ano passado, realçando as boas prestações este ano.
“Apesar de termos já descido, na Taça a época tem corrido bem. Eliminámos o Nacional, o São Vicente, que eliminou Machico e o Santacruzense, que ainda não tinha perdido esta época”, declarou.
Quando questionado sobre a diferença de rendimento em relação à Taça e ao campeonato, Márcio diz que “a Taça é uma corrida de cem metros”, enquanto o “campeonato é uma maratona”.
O treinador, contudo, diz que no campeonato “a equipa bateu-se sempre bem e perdeu a maioria dos jogos apenas com um golo de diferença”, aludindo para “um maior foco e concentração” nos jogos a eliminar.
Quando questionado sobre se a vitória na final salva a época, Márcio Alves admitiu que não.
“Não salva a época. Mas é sempre melhor vencer do que perder. Claro que conquistar o troféu minimizaria algo, mas não salva a época, porque descemos”, explicou.
De resto, o técnico gaulês acredita que a final “será um momento bonito e histórico para o clube”, vincando que todos irão “desfrutar ao máximo do momento”.
Tínhamos o objetivo de melhorar o que fizemos no ano passado. Era um objetivo interno do clube e um sonho. Fernando Pita, treinador d’os Xavelhas
Não salva a época. Mas é sempre melhor vencer do que perder. Claro que conquistar o troféu minimizaria algo, mas não salva a época, porque descemos. Márcio Alves, treinador do Juventude de Gaula