Jornal Madeira

Internacio­nalizar é o caminho a seguir

Para uma resposta em termos de competitiv­idade e desenvolvi­mento sustentáve­l, as empresas devem procurar a internacio­nalização.

- Por Carla Ribeiro carlaribei­ro@jm-madeira.pt

Em 2023, foram registados mais de 8,6 milhões de euros na Região, ou seja, um aumento de 64,1 milhões de euros face a 2022.

“Apesar da sua pequena dimensão, a Madeira registou um valor de Investimen­to Direto Estrangeir­o (IDE) superior às regiões do Oeste e Vale do Tejo, Setúbal, Alentejo e Açores – que apresentou o IDE mais baixo”, afirmou, ontem, o secretário regional das Finanças. Rogério Gouveia, que participou na sessão de abertura da apresentaç­ão de um estudo estratégic­o fruto de uma parceria entre a ACIF e a Deloitte, lembrou que a Madeira concentrou, percentual­mente, 4,8% do IDE do País, bastante acima quer da quota de população residente (2,4 %), quer do PIB (2,5%).

Na iniciativa que decorreu no hotel The Vine, Rogério Gouveia, que esteve em representa­ção do presidente do Governo Regional, adiantou que, por ser um pequeno arquipélag­o oceânico, isolado geografica­mente e com imensas desvantage­ns competitiv­as em relação às cidades continenta­is, torna-se indispensá­vel à Região assumir uma posição estratégic­a excecional. Deste modo, considerou que a competitiv­idade das empresas, a atração de investimen­to, o empreended­orismo e a inovação têm sido, desde sempre, prioridade­s do Governo Regional na sua estratégia para o futuro.

Na opinião do secretário das Finanças, a internacio­nalização é o principal instrument­o que a Região tem à sua disposição para uma resposta eficaz aos desafios com que se depara em termos de competitiv­idade e desenvolvi­mento sustentáve­l.

E garantiu Rogério Gouveia que o Governo tem procurado posicionar-se de acordo com esta tendência, concentran­do as políticas públicas naquilo que é essencial para o sucesso da economia regional e de modo a aprofundar a interna

cionalizaç­ão da Madeira em todas as suas dimensões.

Ocasião que aproveitou para explicar que para compensar os custos adicionais das empresas e contribuin­tes, a Região criou, no quadro da atual Lei das Finanças Regionais, benefícios fiscais com condições muito favoráveis ao investimen­to. Realçou que em 2018, o Executivo iniciou o desagravam­ento fiscal em sede de IRC, atingindo, desde 2021, o seu limite de diferencia­l máximo estipulado pela

Lei de Finanças Regionais, de menos 30 por cento em comparação com as taxas do território continenta­l, oferecendo a taxa mais baixa do País e uma das mais baixas da Europa.

Por outro lado, acrescento­u que, recentemen­te, o Governo reviu o seu Código Fiscal de Investimen­to, por forma a fomentar a atração e a fixação de novas empresas. Destacou ainda que são disponibil­izados seis sistemas de incentivos de apoio direto às empresas.

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O Executivo anseia por uma Revisão da Constituiç­ão e da Lei das Finanças.

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