A LILIANA...

O sexo praticado com a lingerie vestida pode superar largamente o “tradicional”. Como disse a Filipa no jantar: “Uma mulher com sapatos de salto alto e nada mais está muito mais nua que outra completamente nua”. Se um homem começa a noite com uma longa e prolongada observação da sua parceira deitada na cama, vestida com o negligé que ele lhe ofereceu e que a transformou numa exótica borboleta, seguramente que o que vier a seguir será memorável. Também está provado que o estilo de lingerie acaba por influenciar diretamente o próprio ato sexual. Uma fantástica tanga negra, acompanhada de um soutien cónico da mesma cor, pode arrastar-nos para uma noite de sexo brutalmente elegante. Se bem que, basta uma camisa de noite rosa, com uma ampla e permissiva abertura para tornar tudo mais doce… e deliciosamente indecente. Para sermos francos, o homem certo podia dar-se ao luxo de me oferecer uma camisa de riscas negras e turquesa, comprada por um euro numa loja qualquer… e eu ficaria igualmente deliciada. Não é o preço que está em questão! O critério é ainda mais básico. A lingerie deveria ajudar a mulher a alcançar o suspense que se cria antes da cortina do palco subir. Um homem devia poder deslizar o seu polegar numa tira fina… e a prenda teria de ser um arrepio que percorresse todo o corpo da mulher. Um negligé, graças ao calor corporal, deveria brilhar no chão e, só então, ser esquecido.