Um desejo chamado elétrico
FOMOS DESCOBRIR COMO É A VIDA A BORDO DE TRÊS VEÍCULOS TOTALMENTE ELÉTRICOS. / POR FERNANDO MARQUES
CADA VEZ MAIS ‘ESPERTO’
O automóvel Smart talvez estivesse destinado a ser elétrico desde sempre. Já todos conhecemos as vantagens do modelo: económico, pequeno, ágil e fácil de estacionar, mas continuava a depender de um motor de combustão. Com a restrição de circulação de veículos poluentes, sobretudo nas cidades, o Fortwo Electric Drive é a escolha óbvia para quem faz as suas deslocações em circuito urbano.
Da parceria com a Renault resulta um motor com 82cv de
SUBIR É MELHOR DO QUE DESCER
A Ktm decidiu aplicar o seu conhecimento como fabricante de motos todo o terreno nas bicicletas de montanha elétricas. Colocou uma roda maior na frente e outra mais pequena atrás e o resultado é esta Macina Kapoho 274 com 160mm de curso em ambas as rodas.
Um motor Bosch Performance CX 500 Wh com um impressionante torque de 75Nm (uma moto de enduro com 450cc produz cerca de 49Nm), anima o conjunto e permite enfrentar potência e 160Nm, que eleva o desembaraço já conhecido no modelo normal para um nível extra. A caixa é automática, as baterias de iões de lítio são produzidas pela Mercedes-Benz, e têm oito anos de garantia ou 100 mil km.
A marca anuncia 160 km de autonomia, mas só conseguimos fazer cerca de 110 km. É possível repor 80% da carga ligando à tomada normal em seis horas, ou apenas 3h30 ligado a uma wallbox. PREÇO: 22.500 euros
MAIS INFORMAÇÕES: www.smart.pt subidas épicas com um sorriso nos lábios. Subir assim é bom, mas esta bicicleta foi pensada para descer. Ficámos surpresos com a opção do avanço montado, que, por ser tão comprido, torna a direção vaga e pouco direta, o que fez com que nunca nos sentíssemos totalmente confortáveis nas descidas.
A Macina Kapoho 274 promete descidas inesquecíveis, mas só nos lembramos da facilidade com que subimos com ela. PREÇO: 4.199 euros
MAIS INFORMAÇÕES: www.ktm-bike.pt
ou www.biclas.com
UMA “FISGA” COM DUAS RODAS
O futuro é elétrico. É a frase mais ouvida sempre que se aborda o tema da mobilidade.
O aspeto é o de uma scrambler elétrica, com as suspensões elevadas e pneus mistos, que sugerem uma utilização para além do alcatrão.
Primeiro estranha-se, mas a habituação não demora muito. A DSR ZF 13 exige uma nova abordagem, mas é muito divertida. A aceleração é estonteante. Não é fácil descrever a sensação, o melhor que nos ocorre é uma ‘fisga com duas rodas’.
A marca reclama uma autonomia em cidade de 237 km. Conseguimos percorrer cerca de 170 km com diferentes andamentos em percursos mistos, restando cerca de 5% de carga no final. Temos três modos de condução: eco, sport e custom.
O eco só serve para poupar bateria. O sport liberta muito do torque e velocidade de ponta, mas é no modo custom (que podemos configurar através da app num smartphone) que soltamos todo o potencial desta ‘fisga’ elétrica.
PREÇO: A partir de 18.932 euros
MAIS INFORMAÇÕES:
www.zeev.pt