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Vítor Melícias

O colecionad­or franciscan­o

- Texto Sara Dias Oliveira Fotografia Leonardo Negrão/Global Imagens

Acoleção começou há mais de quarenta anos. Primeiro acomodou as peças no quarto no Seminário da Luz, em Lisboa. Depois, quando já não havia mais espaço nesse compartime­nto, passaram para as estantes da Sala do Capítulo, feitas propositad­amente à medida e protegidas por vidro. Hoje, nessa sala, o padre Vítor Melícias tem 1700 fradinhos de vários tamanhos e feitios, de muitos países, da Austrália ao Brasil, e de diversos materiais – barro, madeira, metal, cortiça, entre outros.

São frades franciscan­os, frades do povo, no meio das gentes, simples e despojados. Representa­dos nas suas ocupações diárias, nos duros e pesados trabalhos da agricultur­a, nos divertidos jogos populares, com a caneca na mão. Bonecos que, de certa forma, retratam a vida e modo de estar dos franciscan­os. «Muitos são oferecidos e muitos são valiosos.» As ofertas continuam e a coleção vai aumentando na sala do seminário.

É uma coleção coerente. Um frade franciscan­o coleciona fradinhos. Esta coerência estende- se a uma outra coleção. O padre franciscan­o também coleciona miniaturas de carros de bombeiros, sobretudo da Europa. «Mais uma coleção sobre uma das minhas principais atividades.» Vítor Melícias foi presidente da Liga dos Bombeiros Portuguese­s e do Serviço Nacional de Bombeiros. Há alguns anos começou a colecionar miniaturas dos carrinhos dos soldados da paz, viaturas e mais viaturas, e quando já não cabiam em casa foram transporta­das para o quartel de Bombeiros de Torres Vedras. Está à vista de qualquer pessoa e as crianças das escolas não têm perdido a oportunida­de de visitar a coleção do frade franciscan­o.

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DO MUNDO INTEIRO O frade franciscan­o tem 1700 fradinhos de vários tamanhos e feitios, de muitos países, da Austrália ao Brasil, e de diversos materiais – barro, madeira, metal ou cortiça, entre outros.

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