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“OS PROJETOS APARECEM E NÃO SEI COMO NEM A QUEM AGRADECER”

JOSÉ CONDESSA

- A.T.T.

Não é fácil impression­ar Diogo Infante. José Condessa, com apenas 20 anos, conseguiu: «Pelo talento bruto e pela invulgar capacidade de entrega ao personagem, ao momento, à emoção, sem medo e sem rede.» Conheceram-se nas gravações de Jardins Proibidos, e da impressão à convicção foi um passo: «É alguém de quem vamos ouvir falar em 2018, 19, 20, 21 e por aí fora.»

José Condessa cresceu a ver o pai, ator amador, no antigo Teatro Camões. Sem saber ler nem escrever, decorou a primeira página de texto reproduzin­do as palavras que ouvira ao pai, no palco. Aos 5 anos fez o primeiro monólogo. Em 2009 oficializo­u a paixão e entrou para o teatro infantil da Academia de Santo Amaro. Na altura de decidir o futuro académico não hesitou. Na Escola Profission­al de Teatro de Cascais aprendeu «a arte da representa­ção com os melhores». E desde cedo assumiu trabalhos de fôlego: ainda aluno, fez o Auto da Barca do Inferno eo Auto da Índia, foi protagonis­ta numa peça de Ibsen ( Peer Gynt), represento­u Shakespear­e, Ricardo Boléo, Jean Genet.

Gosta de ter a bola nos pés. E teve-a. Dos 5 aos 15 anos jogou futebol no Benfica, representa­ndo a seleção nacional do escalão. «Uma paixão que poderia ter sido o meu futuro se não tivesse tido uma lesão que me levou a parar um ano.» Depois de uma passagem pelo futsal, em 2016, decidiu dedicar-se a cem por cento ao teatro. A que se juntou a televisão. «Os projetos aparecem uns atrás dos outros, e eu não sei como agradecer nem a quem.» Isto ele sabe: quer deixar marca na representa­ção.

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