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“LISBOA PERMITE-ME SER PRODUTIVO”

LUÍS LÁZARO MATOS

- C.F.M.

“OLuís entrega-se inteiro nas fragilidad­es e nas forças, que são os mesmos sítios. Isso nota-se nos temas que aborda, no facto de não ter medo do ridículo, na inexistênc­ia de autocensur­a.» Foi essa a primeira impressão de José Pedro Croft ao ser júri da candidatur­a de Luís Lázaro Matos a uma bolsa Fulbright para estudar nos Estados Unidos. A impressão do artista plástico foi confirmada pelos restantes membros do júri, que atribuíram a bolsa ao jovem. Luís deveria estar a concluir esse programa de estudos, mas desistiu a meio porque não gostou da experiênci­a. Luis Lázaro Matos, 30 anos, quis ser arquiteto como o pai, mas decidiu ir para Artes Plásticas para evitar um destino num meio empresaria­l. Nem o curso de Escultura nem o de Pintura nas Belas-Artes o satisfizer­am e Luís acabou por mudar-se para Londres para estudar no Goldsmiths College. Em 2012, ao fim de quatro anos no Reino Unido e numa altura em que muitos jovens deixavam Portugal devido à crise, Luís apercebe-se da precarieda­de da vida em Londres e faz o caminho inverso, intuindo que a qualidade de vida em Lisboa lhe daria o espaço necessário para desenvolve­r a criativida­de. «Lisboa permite-me estar bem emocionalm­ente para ser produtivo», diz. A nomeação para o Prémio EDP em 2013 colocou- o no mapa de novos artistas e pouco depois aceitou o convite da Galeria Madragoa, que o representa até hoje. Em maio de 2018 será publicado o primeiro livro de Luís relativo à exposição que esteve na ArteMadrid e na mesma altura o artista lançará a nova exposição, inspirada na morte de Luís II da Baviera.

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