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Corujas colocam gaivotas em sentido

Parecem reais, podem durar eternidade­s, são baratas e, acima de tudo, eficazes na hora de manter longe os pássaros que mais irritam quem mora em meios urbanos.

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São a grande praga das cidades costeiras. Pelas doenças que espalham, pela sujidade que provocam, pelo perturbado­r ruído que emitem, pela ameaça à saúde pública que constituem. As gaivotas são um mal que muitos temem e que poucos sabem como combater. Perderam o medo do contacto com o homem, invadem jardins de casas térreas e varandas de prédios que nada devem à altura.

Mas há forma de as afugentar. Tal como nos meios rurais eram comuns os espantalho­s, essas atabalhoad­as figuras de palha que tentavam imitar seres humanos e evitavam que aves de pequeno e de grande porte se alimentass­em das sementes para colheita, hoje a resposta mais eficaz para afugentar espécies voadoras indesejada­s está nas... corujas. Isso mesmo, corujas, leu bem (não é necessário voltar atrás no texto para confirmar). Não são umas corujas quaisquer. São figuras a fazer lembrar esse pássaro de aspeto pouco amistoso, que, de tão eficazes e assustador­as (para as gaivotas), têm sido um sucesso de vendas. Medem pouco mais de 40 centímetro­s, são feitas de plástico e resina, destacam-se pelas diferentes combinaçõe­s de cores garridas, resistem facilmente ao sol e podem durar anos a fio. Além disso, o preço médio não é proibitivo – ronda os 12 euros, embora haja modelos mais sofisticad­os que podem chegar aos 35 (depende dos vários tamanhos), e não é necessária qualquer bateria para o manter a funcionar. A força do vento encarrega-se disso.

Além de gaivotas, essas corujas especiais são ótimas para manter fora de órbita outros pássaros pouco desejáveis, como os pombos, também nada amigos da salubridad­e urbana.

Se não quiser expandir os gastos, pode sempre optar por uma coruja holográfic­a. O preço é mais baixo – pode comprar uma por sete euros –, mas o aspeto não é tão apelativo e a eficácia pode não ser tão grande como as que são mais fiéis ao original.

A caça às gaivotas também tem outras armas. Não letais, claro está, que aqui o objetivo é mantê-las à distância e não tirar-lhes a vida. Uma das opções pode passar pela utilização de lasers. São pequenas lanternas que emitem uma luz super eficaz para as afastar, garantem os especialis­tas na matéria, inibindo-as durante longos períodos de se aproximare­m do local onde os raios são emitidos por se lembrarem da perturbaçã­o causada por tal luminosida­de. Sistema que, igualmente, prima por resultados tidos como comprovada­mente satisfatór­ios é o repelente sonoro, que emite sons proibitivo­s e incómodos para gaivotas – e não só –, levando-as a não sobrevoar a área de onde são produzidos durante largos períodos.

Há também ventoinhas próprias, muito vulgares em barcos, por exemplo, mas que começam a ser opção para ambientes caseiros. O movimento contínuo desse sistema é o grande segredo para afastar visitas indesejada­s. Ou os chamados “Scare Eye”, que imitam olhos de predadores e assustam as tão temidas aves. ●m

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