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GEOMETRIA E FLORES PARA OS DIAS MAIS FRIOS

O design de interiores para a nova estação remete para elementos da natureza, principalm­ente nas cores. Pormenores como molduras, jarras ou almofadas podem fazer a diferença quando se quer mudar.

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Assim como na moda, a decoração também lança tendências para cada estação ou ano, no que respeita a padrões, tecidos e cores. Para os meses de outono e inverno estará em voga “a tendência floral, mas também os padrões geométrico­s”. Ou seja, “os opostos”, aponta o designer de interiores Rui Maciel que, em causa própria, prefere a geometria, pois “os padrões florais são mais confusos”.

Apesar de se lançarem novidades e elas estarem à mão de qualquer um, o também arquiteto Rui Maciel recorda que ninguém muda um espaço em todas as estações. “Quando nos contratam é para fazer um projeto à medida e não para depois andar sempre a alterá-lo. Deve haver quem o faça mas, por norma, o que se muda são pormenores como uma jarra de flores ou as almofadas.” Pormenores que, quando trocados, mudam a decoração sem se gastar muito dinheiro. “Por isso é que sugiro sempre aos meus clientes que se faça uma decoração muito ‘clean’ para, a partir daí, se alterar consoante a estação: no verão, cores mais leves; no inverno, tons mais envolvente­s e pesados.”

A luz natural é sempre a desejada, mas os dias estão de novo mais pequenos e a iluminação ganha destaque, devendo ser “sempre embutida, usando-se só candeeiros de apoio e não na totalidade”, argumenta Rui Maciel. As paredes “devem ser num tom neutro e da mesma cor do teto”, como exemplific­a no showroom que, muito em breve, inaugurará no Porto.

Para quem não pode ou não quer gastar muito a “vestir” a casa com o que a temporada sugere e os entendidos orientam, a Ikea reúne argumentos fortes para diversos gostos, estilos e carteiras. O mote destas lojas para a temporada passa por “brincar com as convenções”, apelando a um am- biente “eclético e elegante”, onde “as cores são vivas e os padrões vão do floral ao xadrez”.

Do tempo das avós

Depois de um período marcado por linhas minimalist­as e pela influência da modernidad­e nos objetos, há um regresso ao passado. “As pessoas querem voltar a ter um bocadinho de história, da casa da avó, um pormenor ou outro”, descreve Rui Maciel. Aliás, cada vez mais, “nas feiras internacio­nais, os stands estão cheios de molduras e jarras clássicas, e até os próprios padrões dos tecidos são clássicos”, proporcion­ando o aconchego do antigament­e.

“Uns bons cortinados e umas boas alcatifas” são obrigatóri­os, e o profission­al sublinha que, “com os materiais sintéticos, já não há a questão das alergias e as alcatifas são mais fáceis de limpar”. Espelhos, muitos livros, molduras com fotografia­s e jarras com flores naturais são, segundo Rui, “obrigatóri­os numa casa que se quer vivida, mais do que qualquer tendência”.

“Diversidad­e e conforto” são as palavras-chave para este outono no Atelier Paula Brito, indo ao encontro das palavras de Rui Maciel, embora com formas distintas de trabalhar mas mantendo o cliente como o mote para a inspiração. Assim destacam também os responsáve­is da Samcher - Interior Design, em Lisboa, que não se limitam “a decorar casas, mas sim a torná-las num lugar que cada um possa chamar e sentir como o seu lar, indo de encontro à personalid­ade do cliente”.

Inspiraçõe­s saídas da natureza

“Verdes, tons dourados, bege se azul petróleo misturado comum bocado de amarelo” são as cores que Rui Maciel coloca na paleta de sugestões do momento. Nuances que dependem mui todo gosto pessoal, embora “as cores e materiais naturais invadam cada vez mais os espaços e essa será a máxima desta nova estação ”, resume Paula Brito, a designer sediada em Barcelos que assina, por exemplo, toda a decoração das casas de Crist ia no Ronaldo. “Leopardo e cobra estão e malta e deverão ser utilizados emjog os deg la mour entre padrões e cores para uma harmonia perfeita no espaço”, indica, colocando em primeiro plano “materiais como mármore, cobre e latão, que vão ganhar ainda mais popularida­de ”. Isto porque“as suas texturas e cores permitem novas soluções mais naturalist­as e menos convencion­ais ”. Aliara natureza como luxo éout radica de Paula que, no seu ate liê, colocaà disposição uma “sobreposiç­ão de folhas com acabamento em banho de ouro” que se pode pousar numa mesa. Velas “como fragrância e elemento decorativo” sãoanotafi­nal. ●m

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q Proposta da Samcher para “um lugar que cada um possa sentir como seu lar”. Ao fundo: cadeira do Atelier Paula Brito
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q Uma produção do arquiteto e designer de interiores Rui Maciel: paredes no mesmo tom neutro do teto
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M Para o outono, a Ikea aposta em cores intensas e em padrões fortes, do floral ao xadrez

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