Jornal de Notícias - Notícias Magazine
Bruno Sarmento
No topo da nanomedicina
Escolhido para liderar uma plataforma que agrega milhares de cientistas, o investigador do i3s e professor do Instituto Universitário de Ciências da Saúde deseja que os portais digitais ajudem mais na partilha de conhecimentos.
Bruno Sarmento tem 40 anos e tornou-se o primeiro português a presidir ao mais prestigiado grupo internacional ligado à nanomedicina, a ciência que junta a medicina à nanotecnologia na busca de novos medicamentos para doenças como a sida e o cancro.
O investigador portuense está à frente, desde julho, de um dos cinco Focus Group da Controlled Release Society (CRS), diretório que abarca 3 500 cientistas, académicos, engenheiros e industriais de todo o mundo ligados ao desenvolvimento de medicamentos e demais avanços da ciência no campo da medicina. Durante o mandato, Bruno Sarmento pretende aprimorar a divulgação de processos de investigação científica. Numa era em que a internet aproxima de forma rápida e eficiente quem está em diferentes pontos do mundo, o objetivo é lançar seminários online participados por peritos internacionais.
“A ideia é que as apresentações para várias áreas da nanomedicina possam ser feitas em plataformas digitais, sem necessidade de as pessoas terem de se apresentar presencialmente num
evento para o efeito”, descreve. Outra das ambições passa por estabelecer um “programa com farmacêuticas de forma a proporcionar estágios a jovens investigadores que possam depois migrar para uma carreira na indústria”.
É com esses dois propósitos principais concretizados que Bruno Sarmento conta apresentar-se no próximo congresso da CRS. Ele e a equipa de vice-presidentes que escolheu, da qual fazem parte outros quatro portugueses, além de uma norueguesa e de um americano. Investigador do i3s – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, sediado no Porto e um dos mais prestigiados do mundo, professor no Instituto Universitário de Ciências da Saúde, em Paredes, e docente convidado da Universidade de Belfast (Irlanda do Norte), Bruno Sarmento já desenvolveu trabalhos em Espanha, Dinamarca e Canadá.
Enquanto durar a liderança da nova aventura internacional, Bruno não largará a investigação e a docência, acumulando tudo com as novas funções. “O trabalho é realizado à distância, por exemplo por Skype. Não há qualquer impedimento para que a divulgação científica seja feita dessa forma”, garante o cientista, que quer dar novos e valiosos contributos à nanomedicina, área que junta equipas multidisciplinares formadas por médicos, cientistas, informáticos, engenheiros e biólogos moleculares e que contribuiu para a descoberta de cerca de 150 novos medicamentos. ●m
Poucas horas depois de ser eleito presidente do Brasil, Jair Bolsonaro reacendeu algumas das polémicas que incendiaram a campanha. E deixa uma certeza: vai continuar a haver festa no sambódromo – basta cumprir algumas regras...
Esta semana temos connosco, nas entrevistas que nunca fiz, Jair Messias Bolsonaro, o vencedor mais que esperado das eleições presidenciais brasileiras.
Mais que esperado não é bem assim, né? Havia muita canalhada do PT a dizer que iam dar à volta.
Já esperada por mim. Eu sou sportinguista. Assim que vi um imbecil, militar e com problemas de fala, vi logo que as eleições do SCP iam fazer escola.
Não admito que me chame imbecil! Vou botar fogo em você.
Calma, na verdade, estou extremamente agradecido. Depois de Trump temos Bolsonaro, vocês só facilitam a vida a quem escreve humor e não vive nesses países. Mas só espero que estas tenham sido as últimas eleições no Brasil, isto foi uma canseira. Uma coisa é certa – ao menos o senhor foi eleito, o mesmo não se pode dizer do Temer.
Fui eleito e com 55% dos votos! Graças a Deus! Finalmente temos Deus no comando!
Isso de Deus no comando, sinceramente, acho chocante. Odeio essa mistura entre política e religião. Como português, vou a Fátima de joelhos se pararem com isso.
A verdade é que em Lisboa eu fui o mais votado.
É verdade. E, segundo sei, houve festa no antigo cinema Império. Esta semana aposto que vão “adotar” quarenta crianças...
E fique sabendo que o seu presidente me enviou uma mensagem de parabéns.
Agora só falta a selfie e o beijinho.
Eu não beijo homem!
Podia ser um beijo técnico, como o seu apoiante Frota. Mas eu sei que o senhor é homofóbico. Aliás, o senhor declarou numa entrevista que se uma pessoa tiver um filho e começar a ver que ele em criança começa a dar sinais de ser homossexual os pais deviam chicoteá-lo.
Eu não disse chicoteá-lo. Isso é fake news. O que eu afirmei é que lhe deviam dar com uma chibata.
Exato. Mas aí havia o perigo de o miúdo deixar de ser homossexual e passar a ser sadomasoquista. Uma coisa que me fez confusão foi quando o senhor pediu a inelegibilidade de Haddad por causa do concerto de Roger Waters.
Sim, mas esse miserável fez tournée de apoio ao Haddad.
Percebo, mas acho que o Haddad podia alegar o mesmo pelo apoio do Roberto Leal à sua candidatura. Outra coisa que me assusta é como vai ser o Carnaval no próximo ano. Vamos ter toda a gente no sambódromo a desfilar de gabardina?
Não exageremos, né? No próximo Carnaval, no Brasil, podem desfilar com pouca roupa, desde que a sunga tenha padrão de camuflado. ●m