Partida, Largada, Fugida

Começa amanhã um novo ano, cheio de expectativas, promessas e dúvidas, muitas dúvidas. Tentar engolir 12 passas à pressa parece-me um bom treino para os pelo menos 12 sapos que vamos ter certamente de engolir.

Vai ser um ano com duas eleições: legislativas em março e europeias em junho. Se este ano fez algum sorteio de amigo secreto, prepare-se agora para o facho secreto – descobrir qual dos seus amigos ou familiares celebrou os 50 anos do 25 de Abril votando no Chega.

2024 é então o ano do 50.0 aniversário da Revolução dos Cravos. Chega numa altura conturbada, em que há tanta falta de habitação que quanto muito teremos a Revolução dos Beliches. Num quarto partilhado com desconhecidos, claro.

Dizem os números que 2023 foi o ano com o número mais baixo de sempre de espetáculos tauromáquicos em Portugal. Em praças próprias até podem ter sido menos, mas se há coisa que não faltou este ano em Portugal foram valentes touradas.

Apesar de todas as dificuldades, as famílias portuguesas gastaram mais 10% em compras neste mês de Natal, em comparação com o ano passado. Aposto que foi tudo em luxos, como joias ou azeite – ambos com alguma probabilidade de depois serem falsos.

A partir de amanhã a Disney perde direitos de autor do Rato Mickey na sua primeira versão, passando assim a personagem para o domínio público. A SIC está tão desesperada para salvar a novela da noite que bem o podia ir buscar para par romântico da Carolina Carvalho.

Um tiroteio assustou há dias dezenas de clientes do supermercado Mercadona do Bairro da Pasteleira, no Porto. Tendo em conta as ameaças que ocorrem no grupo de Facebook de fãs do supermercado, suspeito que alguém disse em voz alta que o perfumador tinha deixado manchas na roupa.

Outra prenda no sapatinho têm sido os tempos médios de espera para doentes urgentes nos hospitais. Numa quadra em que o importante é passar tempo com a família, que tal passar 18 horas com a sua avó no Amadora-sintra?