Netanyahu continua sob pressão e operação em Rafá está adiada
Primeiro-ministro israelita reagiu mal à resolução do Conselho de Segurança da ONU, mas voltou atrás e quer remarcar um encontro em Washington para discutir a invasão de Rafá
Oprimeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, voltou atrás e já pediu aos Estados Unidos da América (EUA) para reagendarem um encontro sobre a operação de invasão de Rafá, uma pequena cidade palestiniana da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito. A Casa Branca confirmou-o e anunciou que estava a ser negociada uma nova data.
O encontro entre responsáveis norte-americanos e israelitas esteve agendado para responder às preocupações dos EUA com as consequências humanitárias da invasão de Rafá, mas foi cancelado por Benjamin Netanyahu, depois de o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) ter aprovado, esta semana, uma resolução a exigir um cessar-fogo imediato em Gaza durante o mês do Ramadão (que começou a 11 de março e deverá prolongar-se até 9 de abril), a libertação imediata e incondicional de reféns e “a necessidade urgente de expandir o fluxo” de ajuda para o território.
A resolução foi votada favoravelmente por 14 dos membros e passou com a abstenção dos EUA, que tem poder de veto, e motivou uma reação intempestiva de Netanyahu, que considerou a posição norte-americana “um claro recuo relativamente à posição consistente” que o país tinha assumido desde o início da guerra, em outubro, depois do ataque do grupo palestiniano islamista Hamas a Israel.
Em resposta, a Casa Branca manifestou a “perplexidade” do presidente Joe Biden e da administração com a reação de Telavive, garantindo que não houve uma alteração de política e que a resolução aprovada não é vinculativa, ainda que os analistas e agentes políticos entendam de forma diferente.
Depois, o primeiro-ministro israelita justificou a reação e o cancelamento do encontro em Washington com a necessidade de mostrar ao Hamas que Israel não cederia à crescente pressão internacional para interromper a guerra em Gaza. “Foi uma mensagem, antes de mais nada, para o Hamas: não apostem nesta pressão, ela não vai funcionar”, afirmou Benjamin Netanyahu, quando recebeu uma delegação bipartidária do Congresso dos EUA. Netanyahu diz que “aprecia” o