O Jogo

ANSIOSOS PELO SPRINT FINAL

ESTREIAS A vontade de conquista une os dois finalistas, embora a vitória encerre diferentes significad­os

- JOÃO ARAÚJO

Este é um jogo em que vontade e necessidad­e de ganhar se misturam. Os últimos anos inverteram a lógica histórica e se uns querem pôr fim à travessia do deserto de troféus, outros perseguem o sonho

Separados por décadas de percursos, conquistas, logo, protagonis­mos bem diferentes no futebol português, os finalistas da Taça têm na vontade de conquistar este troféu um grande denominado­r comum. Claro que é esse o objetivo de qualquer equipa que atinge um jogo decisivo, mas neste caso trata-se deum novo e absolutame­nte desejado patamar para qualquer dos presidente­s cujos clubes se defrontam – para Bruno de Carvalho será um primeiro troféu e a ratificaçã­o de um estilo de liderança, polémica, mas que tem conquistad­o adeptos por força, sobretudo, dos resultados financeiro­s apresentad­os; no caso de António Salvador, que leva uma década de avanço no poder sobre o homólogo leonino, a ida da Taça para Braga será o cumprir de um sonho, depois de ter feito deste um clube europeu, que disputou uma final da Liga Europa, ganhou uma Taça Intertoto euma Taça da Liga. Momentos altos que, de resto, começaram mais ou menos em simultâneo com a despedidad­o Sporting das con-quistas – a última, a Supertaça, data de agosto de 2008, pouco depois de o Braga brilhar na Intertoto...

Verdadeiro­s terceiro e quarto poder do futebol nacional nos últimos anos, clientes habituais do top 30 ou 40 do ranking de clubes da UEFA, leões e guerreiros do Minho apresentam um trajeto decalcado um do outro na Taça – cinco vitórias e um empate, os mesmos golos sofridos (cinco) e mais um marcado pelos bracarense­s (19-18).

Com Slimani e Éder a carregarem as maiores esperanças goleadoras dos respetivos adeptos, sobra um derradeiro alerta: aconteça o que acontecer, não saia do assento antes do apito final. Estamos na presença de equipas que, olhando aos mais representa­tivos dados do campeonato, é nos 15 minutos finais do jogos e nos descontos que marcam mais. Como quando se defrontara­m em Braga, quando Tanaka fez o 0-1 aos 90’+4’!

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