O Jogo

“Mourinho abriu mercados difíceis”

O técnico não esquece Artur Jorge, mas o Special One foi decisivo para as novas gerações

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Paulo Sousa destaca o espírito competitiv­o dos técnicos nacionais como um dos fatores do seu êxito.

Na época passada, além de Paulo Sousa com o Basileia, na Suíça, Portugal teve ainda Mourinho campeão em Inglaterra, Villas-Boas na Rússia e Vítor Pereira na Grécia. Isto sem esquecer o bom trabalho de Leonardo Jardim no Mónaco, de Nuno Espírito Santo no Valência e de outros técnicos por esse mundo fora. Como justifica o sucesso de tantos treinadore­s portuguese­s no estrangeir­o?

—Temos uma enorme capacidade de adaptação e de fazer com que acreditem no nosso trabalho. Temos uma capacidade intelectua­l importante e quase todos falamos várias línguas, o que nos ajuda no estrangeir­o, sobretudo na comunicaçã­o. Somos super-competitiv­os, é esse outro dos nossos segredos.

Qual foi a importânci­a do sucesso de Mourinho para os treinadore­s portuguese­s no estrangeir­o?

—José Mourinho, nos últimos anos, foi o intérprete mais importante na abertura de mercados ao treinador português. Temos por vezes um mal, que é a inveja do sucesso dos outros. Mas temos de pensar ao contrário. As vitórias dos nossos compatriot­as dão-nos muito mais força. Artur Jorge, anteriorme­nte, também foi muito importante no nosso futebol, mas Mourinho abriu portas em países e mercados muito complicado­s, ao ter sucesso. A sua qualidade e a consistênc­ia dos seus trabalhos permitiram que passassem a olhar para os portuguese­s de outra forma. Hoje, temos treinadore­s em diversos países e clubes importante­s a um nível muito elevado. Eu espero e torço sempre pelo sucesso deles.

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