O Jogo

É SEMPRE POSSÍVEL PIORAR O QUE ESTÁ MAL

Na quarta derrota de Conceição, o Vitória deu uma imagem pobre, com erros na defesa e sem eficácia ofensiva. Ivo defendeu tudo

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Depois da Liga Europa e da Taça da Liga, o Vitória sai da Taça de Portugal por culpa própria e também devido à boa eficácia do Penafiel. Yero e Gonçalo Abreu marcaram de cabeça

A primeira tentação é dizer que houve surpresa em Penafiel com a derrota do Vitória e consequent­e afastament­o da Taça de Portugal no primeiro jogo na prova, mas, se calhar, não foi nenhum espanto. Por aquilo que a equipa de Sérgio Conceição jogou, vendo-se apenas na segunda parte, mas com mais esforço do que estratégia, e atendendo à boa eficá

do Penafiel e à forma destemida como encarou o jogo, o triunfo do conjunto da II Liga não mereceu contestaçã­o. Depois da Liga Europa e da Taça da Liga, o Vitória sai também da Taça de Portugal e

apenas com o campeonato, que está difícil.

Rotativida­de ou não, Sérgio Conceição voltou a mudar o onze. Trocou Douglas por Assis na baliza, fez regressar João Afonso para o eixo da defesa e na frente apresentou Montoya na direita e Licá na esquerda, só não mexendo no meio-campo que esteve em Vila do Conde. As alterações não surtiram efeito, a avaliar por uma primeira parte irregular, em que o mais difícil foi perceber a intenção de jogo da equipa. Tirando um remate de Tozé contra Ivo e um cabeceamen­to de Josué ao lado, o Vitória não conseguiu criar lances de perigo. A imagem que ficou foi mesmo pobre.

Sem Montoya, e com Alexandre Silva, percebeu-se a intenção de Sérgio Conceição dar velocidade ao ataque para a segunda parte, mas quando a equipa tentava descobrir o caminho para a baliza, o Penafiel colocou a nu as fragilidad­es defensivas do adversário. Aos 50’, o gigante Yero transformo­u em golo um canto bem medido de João Martins, exímio nas bolas paradas e cruzamento­s para a área. A partir desse momento, a emoção redobrou, porque o Vitória teve de acelerar o jogo e, durante largos minutos, deixou o Penafiel à beira da rutura, permitindo que Ivo começasse a brilhar com grande intensidad­e. O guarda-redes do Penafiel evitou uma mão-cheia de golos e, quando não conseguiu suster a fúria vitoriana, teve a ajuda da barra, como aconteceu aos 59’, também com dúvidas se a bola chegou a ultrapassa­r a linha de golo.

A equipa de Carlos Brito aguentou a pressão , foi adiando o golo e aproveitou muito bem a subida do adversário no relvado para chegar ao lance que definiu o resultado. Mais uma vez, J oão Martins colocou a bola na área e Gonçalo Abreu com um belo cabeceamen­to bateu Assis aos 69’. Dois golos de cabeça, ambos obtidos na área, indicam que há muito trabalho para fazer em Guimarães.

Quanto ao árbitro Artur Soares Dias, ficou a dúvida se Bruno Gaspar foi travado em falta por Gonçalo Abreu na área, aos 82’.

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Yero foi felicitado pelos companheir­os quando assinou o primeiro golo

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