Cinismo de Lito afogou a raça
Exibição do Leixões merecia melhor sorte frente a um Arouca que foi muito feliz no ataque
Cinismo é a palavra que melhor define o jogo entre Arouca e Leixões, resolvido no prolongamento com um golo de Ivo Rodrigues, numa eliminatória ingrata para a equipa de Matosinhos. Na verdade, em função do domínio exercido, da crença dos jogadores da formaçãonortenhaedasoportunidades criadas pelas duas equipas, o Leixões merecia, no mínimo, chegar ao desempate por grandes penalidades. Só que o futebol não vive de retórica e o Arouca soube materializarem golosopoucoqueconseguiu construir no ataque, mostrando uma tremenda eficácia e mantendo-se firme em todas as provas.Após eliminar o Varzim da Taça da Liga nas grandes penalidades, a equipa orientada por Lito Vidigal seguiu em frente na Taça de Portugal ao cabo de 120 minutos em que mostrou pouco futebol, mas beneficiou da eficácia dos seus jogadores. Na primeira parte, à exceção deum cabeceamento de Ivo Rodrigues na sequência de um livre lateral, oArouca não incomodou, e foi o Leixões quem mais tentou no ataque, ainda que apenas criasse algum perigo na meia distância, como aconteceu num remate de Caio, defendido superiormente por Rafael Bracali.
Corrigida a postura da equipa ao intervalo, o Arouca surgiu com outra atitude na segunda parte e marcou no primeiro remate à baliza, por Nuno Valente, numa finalização à entrada da área. O técnico Manuel Monteiro arriscou com as entradas dos avançados Pedras e Niang, a equipa empolgou as bancadas e o merecido empate chegou com um grande golo do defesa João Pedro.Oprolongamentotrouxe mais do mesmo, já que o Arouca marcou na primeira tentativa, por Ivo Rodrigues, de cabeça, após canto de Nuno Valente. Os homens do Mar deram tudo, criaram oportunidades e encostaram o Arouca às cordas, mas, mesmo a jogar contra dez elementos, não acertaram uma única vez no alvo. Em suma, a frieza do Arouca deu resultado.