COM MENOS UM DEU MELHOR RESULTADO
O Marítimo só cantou vitória no prolongamento do jogo com o Lourosa. Expulsão de Diney teve o condão de agitar a equipa madeirense
Um Lourosa cheio de picos e sangue na guelra explica apenas uma parte da complicação em que se meteu o Marítimo. A equipa madeirense pretendia aproveitar a Taça de Portugal para se estrear, nesta época, a ganhar fora de casa, mas fez questão de lá chegar pelo caminho mais sinuoso e rico em precipícios como se padecesse de algum masoquismo. Por outras palavras, andou literalmente a facilitar durante uma hora e só despertou para a realidade após a expulsão, por acumulação de amarelos, do central Diney (66’). Como a pontaria demorou muito tempo a funcionar, a vitória começou a sorrir apenas no prolongamento, quando os visitados já faziam figas para que a eliminatória se resolvesse na marcação de penáltis.
Os golos de Rúben Ferreira e de Marega acabaram com as esperanças do Lourosa, mas não bastaram para disfarçar a primeira parte sonolenta do Marítimo, de tal forma que o Lourosa estevemuito pertode inaugurar o marcador, valendo então a atençãodo guardião José Sá. Curiosamente, na baliza oposta, também Marco fez questão de brilhar e nem foi por causa da pontaria displicente de Marega, que foi resistindo inexplicavelmente em campo, quando destoava absolutamente do resto dos companheiros. O golo do avançado já ao cair do pano, após assistência de Ghazaryan, foi a exceção à regra numa tarde muito cinzenta.