BRUNO ARRASADOR
P. Ferreira eliminou a Naval com um resultado sem discussão, 1-7 com póquer de Bruno Moreira, bis de Jota e estreia a marcar de Romeu
O Paços de Ferreira riscou a Naval 1.º de Maio do mapa da Taça de Portugal e precisou apenas de 45 minutos para sublinhar comuma goleada as diferenças do primeiro para o terceiro escalão em jogo nesta terceira eliminatória. A segunda parte fez emergir Bruno Moreira como rosto da atitude que facilitou a vitória. Marca- ra dois na primeira parte e fez outros tantos quando já tudo estava resolvido. No entanto, impressionou a valer pouco antes de colocar o ponto final no 1-7, num remate que a trave devolveu e o irritou como se o jogo estivesse 0-0. Se há justiça no jogo, chegou a seguir, na assistência de Edson Farias que, como ele, estavaem campocom tudo ainda para ganhar e deu-lhe o quarto.
Esta atitude, a escassa poupança de titulares no Paços de Ferreira – Barnes Osei foi uma boa surpresa no ataque –e a fragilidade da Naval, exploradasemdó nempiedade por André Leal, Diogo Jota e Barnes Osei, resolveram tão depressa o desafio que deixaram a equi- pa da Figueira da Foz à deriva demasiado cedo.Aos 20 minutos, Romeu acabou com a resistência da Naval, comum remate forte a uns 30 metros, autoritário como o trinco se mostraumpedaço atrásno terreno como há muito se lhe não via na hora de rematar: este foi o primeiro golo, na terceira época no clube. Sem tempo para se recompor, a Naval viu Diogo Jota bater Valença apenas dois minutos depois e este precipitar-se sobre ele numa carga para penálti que estreou Bruno Moreira no marcador. Três minutos passados, o caos voltou à área de Valença e o go- leador bisou. Ainda atordoada, a Naval viu passar Jota para o 5-0, ao chegar o intervalo.
Um penálti de Luís Leite por falta de Hélder Lopes atenuou a desvantagem, no início do segundo tempo, mas foi o Paços que continuou à procura de aumentar, já com Fábio Martinse Edson Fariasaacom-panharem a voracidade de Bruno Moreira. Um póquer que promete render no campeonato, com o goleador de volta à boa forma, depois de um início marcado por lesões. Essa pode ter sido a grande conquista de ontem, para lá da goleada de encher o ego...
“O Paços teve uma entrada muito forte. Houve três golos esquisitos”
Fernando Mira
Treinador da Naval