Faltou iniciativa a Vítor Pereira
OFERTAS Presidente do Conselho de Arbitragem devia ter exposto caso ao Ministério Público
Inquiridos entendem que o conhecimento das ofertas aos árbitros denunciadas por Bruno de Carvalho deveria ter sido motivo para pedir uma investigação ao Ministério Público há mais tempo
Pedro Henriques, ex-árbitro e colunista de O JOGO, garantiu que Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem (CA), e José Gomes, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), sabiam das “ofertas de cortesia” feitas pelo Benfica aos árbitros. “Quando criou a Eusébio Cup, o Benfica começou a oferecer caixas com uma moldura do Eusébio. Essas caixas contêm uma camisol a, bilhetes de entrada no museu do Benfica, um livro sobre o Eusébio e uns vouchers de refeições”, explicou Pedro Henriques.
Perante este conhecimento, segundo 63,7% dos inqui- r i dos neste Termómetro, competia ao presidente do CA fazer uma exposição ao Ministério Público antes de o assunto ter chegado à praça pública pela voz do presidente sportinguista. Entretanto, essa investigação ao Ministério Público foi pedida pela Federação Portuguesa de Futebol, na sequência das denún- cias de Bruno de Carvalho.
Convidados ainda a avaliar o impacto que tais ofertas podiam eventualmente ter no desempenho dos árbitros, uma significativa maioria (57%) disse acreditar que elas podem condicionar o desempenho dos agentes que as recebem, opinião refutada por 31,3% dos inquiridos.