O Jogo

CEITIL CONFIRMOU A MAGIA

No espaço de um quarto de hora e com menos um jogador em campo, o clube do CNS conseguiu uma reviravolt­a de 0-3 para 4-3

- JOÃO MAIA

Na Taça de Portugal não apareceram tombagigan­tes, mas da Cova da Piedade veio uma reviravolt­a XXL. Diogo Caramelo, Marco Bicho e André Ceitil foram os heróis do encontro

A freguesia da Cova da Piedade, do concelho deAlmada, tão cedo não vai esquecer o 18 de outubro, dia em que a equipa local fez magia na Taça de Portugal. Aos 78’, o segundo classifica­do da Série H do CNS perdia por 3-0 com o Alcanenens­e, da Série F, que jogava em superiorid­ade numérica. A partir daí, de cinco em cinco minutos, o Cova da Piedade marcou, até ao golo final, aos 90+3’, por André Ceitil, que deu um apuramento estoico para a quarta eliminatór­ia. Momento de sorte?O treinador Sérgio Boris dizque não, e o que resultou mesmo foi a estratégia delineada. “Com menos um e a perder, não havia tempo nem capacidade para darmos uma resposta através do nosso modelo de jogo normal. Apostámos em jogar direto, tentámos atacar a segunda bola e entrar no último terço do adversário”, conta aO JOGO.Após o empate a três, conseguido aos 88’, o técnico tomou a decisão que os jogadores aplicaram no relvado e os adeptos pediam das bancadas. “Sentíamos que o adversário não estava a perceber o que estava a acontecer e achámos que não era o momento para ir a prolongame­nto. Quando os jogadores me perguntara­m, eu disse que era para arriscar e jogar para ganhar”, revela.

Com um avançado substituíd­o ao intervalo e outro expulso no início da segunda parte, no ataque estavam Diogo Caramelo e Ceitil, que é médio-defensivom­asforteno jogo aéreo, uma arma que resultou: o trinco virou herói, mas prefere continuar a jogar longe da baliza. “Sinto-me bem na minha posição. Agora queria apanhar uma equipa acessível para passarmais­uma eliminatór­ia, mas defrontar um dos grandes seria uma das melhores coisas que nos podiam acontecer”, argumenta o jogador que passou pelas escolas do V. Setúbal, onde privou com Rúben Vezo, que, no Facebook do clube, lhe deu os parabéns e ironicamen­te perguntou o que andava a fazer em terrenos tão adiantados. Já o presidente Paulo Veiga pede agora um grande para ajudar a abater o “passivo elevado”, que ronda os 200 mil euros.

Amigo: Vezo,do Valência, Rúben

antigo colegano V. Setúbal, felicitou-o

Contas: o clube quer defrontar um grande para “abater o passivo”

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