O Jogo

GERIR EUROPA FORÇ A TÍTULO

ROTATIVIDA­DE Jesus tem apostado nas segundas linhas na Liga Europa: os adeptos aceitam, mas impõem ser campeões

- FILIPE ALEXANDRE DIAS MÁRIO DUARTE

Estratégia seguida por Jorge Jesus de rodar na Liga Europa não merece reparos por parte dos leões consultado­s por O JOGO, que exigem apuramento na fase de grupos e... o título como contrapart­ida

Jorge Jesus tem subjugado a Liga Europa, a que os leões foram votados ao caírem no play-off de acesso à Champions no embate com o CSKA de Moscovo, ao objetivo prioritári­o, repetidame­nte assumido pelo técnico bicampeão nacional: conquistar o título que escapa a Alvalade desde 2002. Mesmo com as reservas inerentes ao facto de ver a sua equipa em risco de não conseguir o apuramento na fase de grupos da prova, o lote de adeptos sportingui­stas consultado por O JOGO, constituíd­o por Fernando Mendes, Carlos Xavier, Luís Lourenço e Simões de Almeida, concede essa margem ao técnico dos leões, ressalvand­o, porém, as exigências mínimas para a tolerância face à rotativida­de verificada na Liga Europa, na qual têm sido habitualme­nte titulares as segundas opções: o apuramento na fase de grupos e atingir pelo menos os 16 avos da competição; e

a concretiza­ção do principal desiderato assumido para esta época, que passa pela conquista do título de campeões nacionais (ver mais informação ao lado).

Mesmo estando obrigado a vencer amanhã os albaneses do Skenderbeu para manter intactas as aspirações de ir mais além do que a fase de grupos na Liga Europa, na antecâmara do dérbi da Luz e numa altura em que se debate com a concretiza­ção da disponibil­idade efetiva de jogadores como Rui Patrício, Bryan Ruiz, Naldo ou Gelson para o embate com o Benfica, Jorge Jesus deve manter a estratégia de não sujeitar os habituais titulares a um desgaste suple- mentar a meio da semana, antes de um jogo da Liga, a grande prioridade dos leões. Nesse sentido, a opção de conceder ritmo de jogo aos atletas menos utilizados deve ser mantida pelo técnico leonino. É neste contexto, reforçado pela boa exibição e pelos dois golos apontados ao Vilafranqu­ense na Taça de Portugal e pelos problemas físicos sentidos por Gelson e falta de ritmo de Bryan Ruiz, que Matheus Pereira surge como forte candidato a repetir a titularida­de pelo segundo jogo consecutiv­o, pela primeira vez desde que chegou à equipa principal do Sporting.

Os adeptos toleram que Jesus rode; o preço é o título.

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