O Jogo

Mendes mantém Europa na mira

Presidente acha que chegam duas vitórias seguidas em casa

- PEDRO ROCHA

Animado pelo “trabalho desenvolvi­do” por Sérgio Conceição, o dirigente sublinhou que o Vitória deve acertar “alguns ponteiros desfasados”, assumindo-se “claramente como um clube europeu”

Mesmo arrancada a ferros, a vitória sobre o Boavista abriu um mundo novo para o V. Guimarães, dominado, em grande parte, pelo otimismo. Os adeptos sonham com um novo êxito no Estádio D. Afonso Henriques, frente ao Rio Ave, e o pensamento positivo de Júlio Mendes até vai um pouco mais além. “Duas vitórias em casa (Rio Ave e Marítimo), ainda que dependente­s dos resultados de outros clubes,podem transporta­ra equipa para os lugares cimeiros ”, estimou o presidente do clube, deixando entender que ainda aposta num apuramento europeu ou não fosse esse o ADN habitual dos minhotos. “A expectativ­a do Vitória é fazer um campeonato tranquilo sem deixar de ter ambição, em busca de bons resultados e da melhor classifica­ção possível, assumindo-se claramente como um clube europeu”, apontou.

O empolgamen­to de Júlio Mendes é moldado, porém, pelas consequênc­ias de um começo de época francament­e obscuro. “Tivemos a infelicida­de de começar mal o campeonato e, por isso, temos de correr atrás do prejuízo. Estamos a acertar muitas coisas, corrigindo alguns ponteiros desfasados. Há um projeto e temos que caminhar nesse sentido: a equipa tem de funcionar como um bloco”, observou, embora assumindo que a recente jornada no Bessa se traduziu numa agradável injeção de adrenalina. “As vitórias trazem sempre ânimo. Ficámos felizes por perceber que o trabalho desenvolvi­do começa a dar resultados. Estamos a fazer bem as coisas”, referiu. Ao elogio implícito a Sérgio Conceição, o segundo treinador da época depois de Armando Evangelist­a, uma aposta falhada, seguiu-se ou- tro mais concreto a Miguel Silva, o novo dono da baliza vitoriana. “Foi uma grande exibição. Fiquei muito feliz por ele”, testemunho­u o dirigente vimaranens­e, recordando que o guarda-redes estreado na última jornada é “mais um jovem atleta” com a chancela da formação vitoriana. “Conseguimo­s demonstrar que fazemos um bom trabalho na nossa casa, mesmo ao nível da formação. Deposito muitas esperanças nesse guarda-redes”, confessou.

O próximo desafio será aproveitar a visita dos vila-condenses para acabar com um impensável jejum de mais de um ano sem somar pelo menos dois triunfos seguidos. A última série vitoriosa remonta a novembro de 2014 e Júlio Mendes tem a perfeita noção de que a margem de êxito pode ser curta. “É importante conseguir o máximo possível de vitórias. Quantoà sua cadência, não seis eéassimtã ore levante. O que importaé amealharmo­s pontos ”, defendeu, garantindo ao mesmo tempo que o grupo não está obstinado por alcançar rapidament­e os tais lugares europeus. “Não estamos preocupado­s com isso. Essa nãoéa nossa forma de estar. Vamos tentar ganhar, jogo a jogo, fazendo as contas no fim. É esse o nosso atual posicionam­ento”, destacou.

Fora dos relvados, a recuperaçã­o também se faz no plano financeiro. Gorada a fase de grupos da Liga Europa, que poderia forrar de algunsm ilhares de euros os cofres do clube, o Vitória procurou novas fontes de rendimento e fechou “um importante” contrato com a Hyundai, válido por dois anos. Sem entrar em pormenores, Júlio Mendes assumiu que “há sempre interesses económicos neste tipo de parcerias”, sublinhand­o que o clube sairá a ganhar com esta junção a “uma marca forte”.

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