RESERVA MORAL SÉRIE
Já são 16 jornadas consecutivas sem perder. Não será fácil quebrar uma equipa que reagiu com cabeça a uma desvantagem de 0-2 ao intervalo
O FC Porto B entrou oito minutos atrasado no jogo com o Farense e quando acordou já estava a perder por 0-2. Não fosse uma equipa psicologicamente sólida e até a goleada podia ter passado pela cabeça dosalgarvios. Só que esta equipa B contava com um capital moral construído à custa de 15 jornadas consecutivas sem perder e ontem foi mesmo a dimensão psicológica do coletivo que permitiu escalar uma montanha que parecia intransponível ao intervalo.
Nas duas primeiras investidas à baliza de João Costa, Harramiz, primeiro, e Osama, pouco depois, marcaram. Os azuis e brancos tinham bola, mas a organização defensiva do Farense sacudia os remates para canto, ou pela linha lateral, sem abrir brechas que permitissem penetrar na área. Luís Castro mexeu ao intervalo, metendo Gleison e Omar Govea nos lugares de Ismael Díaz e Tomás e o jogo mudou, o jogo interior começou a funcionar, abrindo o Farense e a circulação ganhou mais fluidez. Pité reduziu de livre direto e a resistência algarvia começou a desmoronar-se. O FC Porto B acreditou, mas sem perder a paciência, insistindo na circulação e na capacidade de penetração de Rúben Macedo e Gleison. O primeiro sofreu falta dentro da área, Ventosa foi expulso e Leonardo empatou de penálti. Antero Afonso ainda tentou reconstruir, mas os planos ficaram desfeitos, quando Vítor García cruzou para a cabeça de Rúben Macedo fazer o terceiro. O Farense abriu-se mais ainda e Gleison entrou na diagonal e voltou a colocar a bola dentro da baliza. Felipe, de cabeça, na sequência de um canto, estabeleceu o resultado final.
“Os jogadores acreditaram e tiveram paciência” Luís Castro Treinador do FC Porto B “O primeiro golo de livre complicou e mexeu connosco” José Serrão Treinador do Farense