RAÇA E CALCANHAR
No segundo jogo sob a orientação de Pedro Miguel, o Leixões venceu o Benfica B, que demorou a adaptar-se ao estilo aguerrido do adversário
Dois meses depois, o Leixões voltou a vencer, frente a um adversário que só na segunda parte rematou à baliza contrária, mas que sofreu o primeiro golo numa altura em que tinha equilibrado o jogo.
A precisar de pontos como de pão para a boca, a equipa de Matosinhos entrou a todo o gás, atitude que impediu o Benfica de pensar o seu jogo, tal a pressão exercida. As bolas eram recuperadas com facilidade, as saídas para o ataque com propriedade, mas o último passe saía quase sempre mal. Das duas vezes que saiu bem, os centrais Rúben Dias e Alfaiate resolveram com classe.
Na segunda parte, só restava uma hipótese ao Benfica B. Os encarnados tinham de reagir e conseguiram-no. Na primeira abordagem à baliza de Ricardo Moura, Rebocho, de livre direto, acertou na barra e na jogada seguinte Sarkic falhou o remate a passe de Pedro Rodrigues, quando estava sozinho na pequena área. O Leixões acusou o toque, mas não perdeu tempo a recompor-se e atacou o adversário com as mesmas armas. De livre, Yuanyi Li também atirou à barra de Miguel Santos e um minuto depois, Pedras aproveitou uma assistência de Ricardo Barros e desviou de cabeça a bola do guarda-redes encarnado. O mais difícil estava conseguido, mas o Leixões não tirou o pé do acelerador, mantendo sempre uma enorme pressão sobre o portador adversário da bola. Às muitas recuperações, ia faltando dar a devida consequência, o que Jorginho conseguiu quase ao cair do pano. Assistido por Ricardo Barros, o recém-entrado marcou de calcanhar e colocou um ponto final no jogo.
“Vitória justa de uma equipa que esteve por cima” Pedro Miguel Treinador do Leixões “A partir do 1-0, deixou de haver jogo” Hélder Cristóvão Treinador do Benfica B