O Jogo

Município de Málaga tira o nome do xeque a rotunda

Cinco anos e meio depois de ter chegado à Andaluzia com aura de salvador, a presidênci­a de Al-Thani tem sido tudo menos pacífica. O clube navega em águas perigosas na classifica­ção

- JOÃO ARAÚJO

O nome de Abdullah AlThani deixará de constar na rotunda perto do estádio do Málaga que tinha sido batizada com o nome do principal acionista e presidente do clube espanhol, conforme foi ontem votado pela assembleia municipal (18 votos favoráveis e 13 contra). Isto cerca de ano e meio depois de ter sido aprovado pelo município dar o nome do milionário do Catar à rotunda que fica entre outras duas rotundas, uma denominada Simon Bolívar e Luís Buñuel, o libertador da América e o cineasta espanhol respetivam­ente. A justificaç­ão para a aprovação da proposta do partido Ciudadanos (apoiada pelos Socialista­s e Izquierda Unida) foi a de que a “cidade não merece que haja uma rotunda com o nome do atual proprietár­io e presidente do Málaga”.

Dono e presidente do clube andaluz desde junho de 2010, estes cinco anos e meio sob a gestão de Al-Thani estão longe daquilo com que sonharam os adeptos quando viram chegar ao La Rosaleda o milionário catari. Atual 18.º classifica­do da liga espanhola, o primeiro dos lugares de despromoçã­o, o Málaga vive dias conturbado­s, entre a saída de dirigentes e promessas de reforços em janeiro.

Nas cinco temporadas anteriores, já com Al-Thani ao leme, o Málaga foi por duas vezes 11.º classifica­do no campeonato espanhol, uma nono, em 2012/13 terminou em sexto e em 2011/12 em quarto. Na época seguinte, a este quarto posto, a equipa fez uma campanha muito boa na Liga dos Campeões, alcançando os quartos de final e sendo apeada pelo futuro finalista (vencido) Borússia Dortmund. Já o sexto posto de 2012/13 de nada valeria, uma vez que há três anos, isto é, em dezembro de 2012, o Málaga tornou-se numa das primeiras equipas a serem punidas ao abrigo das regras do Fair Play Financeiro da UEFA. O clube foi banido de participar nas provas europeias entre a temporada seguinte (2013/14) e a de 2016/17, por dívidas a terceiros, funcionári­os ou às finanças.

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